As bolsas europeias encerraram majoritariamente em alta hoje (28), pondo fim a três dias consecutivos de quedas. O destaque ficou para a Alemanha, onde a inflação ao consumidor cedeu além das expectativas, levantando questionamentos sobre a postura hawkish do Banco Central Europeu (BCE), que pode demandar uma revisão de estratégia.
- FTSE 100 (Londres) fechou em alta de 0,11%, atingindo 7601,85 pontos;
- DAX (Frankfurt) subiu 0,70%, registrando 15.323,50 pontos;
- CAC 40 (Paris) ganhou 0,63%, alcançando 7.116,24 pontos;
- FTSE MIB (Milão) teve acréscimo de 0,64%, fechando em 28.163,03 pontos;
- Ibex 35 (Madri) teve uma alta de 1,03%, atingindo 9.427,80 pontos;
- PSI 20 (Lisboa) teve perdas de 0,26%, chegando a 6.052,47 pontos.
A recuperação no apetite por risco surgiu no fim do pregão, seguindo o movimento de recuperação das bolsas de Nova York, que reverteu a abertura negativa. Durante grande parte do dia, as bolsas europeias refletiram a atmosfera negativa da última semana, desde que o Federal Reserve seguiu a mesma trilha do BCE, sinalizando juros elevados por mais tempo.
Análise do desempenho em Londres
A Bolsa de Londres teve um impulso mais modesto, encerrando próxima da estabilidade. Michael Hewson, analista-chefe do CMC Markets, atribui o desempenho fraco do FTSE 100 ao “aumento acentuado nos rendimentos do Reino Unido, provavelmente impulsionados pelo aumento dos preços do petróleo e pela fraqueza da libra”.
Indicadores econômicos alemães
Os dados econômicos da Alemanha hoje indicam uma desaceleração econômica, influenciando a moderação nos preços na Europa. A Navellier destaca que o índice de sentimento econômico da zona do euro, divulgado mais cedo, caiu menos do que o esperado, atingindo 93,3 pontos em setembro, com deterioração da confiança do consumidor e melhora na indústria.
Projeções econômicas
Pela manhã, um relatório de cinco institutos econômicos, incluindo o Ifo, sugere que a economia alemã esfriará mais do que previsto, projetando uma regressão de 0,6% no Produto Interno Bruto até o final do ano, contrastando com a previsão anterior de um aumento de 0,3%. Na Itália, o governo elevou as projeções para o déficit fiscal em 2023 e 2024 em comparação com o PIB local.
Imagem: Piqsels