O mercado financeiro brasileiro enfrentou uma sessão desafiadora, com o dólar atingindo a marca de R$ 5,08, pressionando o real. Contudo, o Ibovespa demonstrou resiliência, resistindo à pressão até o início da tarde. Após uma queda após as 14h, o índice recuperou-se, encerrando o dia próximo à estabilidade, com ajuste final positivo.
Desempenho do Ibovespa
O índice de referência na B3 fechou com leve alta de 0,12%, aos 114.327,05 pontos, oscilando entre a mínima de 113.365,75 e a máxima de 115.340,41 durante o dia. Na semana, registra queda de 1,45%, enquanto no mês cede 1,22%. No ano, a alta fica limitada a 4,19%. O giro financeiro foi de R$ 22,8 bilhões.
Influência das commodities
O desempenho positivo das ações de commodities, especialmente as da Petrobras (ON +3,71%, PN +3,17%), contribuiu para o viés positivo do Ibovespa. O setor de petróleo teve um dia favorável, com o WTI subindo 3,64% e o Brent 2,09%, ultrapassando US$ 96 por barril.
Impacto no fechamento
As ações da Vale (ON +0,21%) influenciaram o desfecho do Ibovespa, enquanto o setor financeiro teve um desempenho geralmente desfavorável, com exceção do Banco do Brasil (ON +0,87%). Destaque para Gol (+7,19%), PetroReconcavo (+4,61%) e Prio (+2,92%), enquanto Casas Bahia (-5,00%) e Pão de Açúcar (-2,99%) lideraram as perdas.
Contexto internacional
Notícias sobre o banco central da China intensificando o apoio à economia local e um acordo no Senado dos EUA que evita a paralisação do governo ajudaram a aliviar as preocupações de risco, contribuindo para evitar a quinta perda consecutiva do Ibovespa.
Desafios domésticos
O mercado doméstico enfrenta receios em relação à situação fiscal, com dúvidas sobre a capacidade do governo de cumprir compromissos relacionados ao equilíbrio das contas públicas. A recente alta nos rendimentos da T-note de 10 anos para 4,60% adiciona incertezas, afetando o câmbio.
Encerramento em Nova York
Os índices de Nova York fecharam sem direção única, com o Dow Jones em baixa de 0,20%, enquanto S&P 500 e Nasdaq registraram altas de 0,02% e 0,22%, respectivamente.
Reflexo nos juros
O mercado de juros futuros também mostra aversão ao risco, concentrando estresse principalmente em vértices curtos e intermediários pela manhã, mas devolvendo no final do pregão.
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