Os Correios, mais uma estatal na fila de privatizações, anunciará nesta quinta-feira (17) lucro de R$ 3,7 bilhões em 2021, o maior em 22 anos. Em 2020, a estatal lucrou R$ 1,53 bilhões.
A empresa também voltará a pagar dividendos à União após 8 anos, segundo reportagem do G1 no blog da Ana Flor.
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Algumas das medidas realizadas pelos Correios para conseguir o resultado financeiro foram programas de demissões voluntárias, que reduziram em 10% o quadro de servidores, revisão de contratos e lançamento de novos produtos. Os Correios também passaram por um inventário de bens.
A empresa reduziu benefícios dos trabalhadores, mas saldou dívidas do plano de saúde coletivo, que não era mais aceito em grande parte da rede de saúde nacional por conta da ausência de pagamentos.
Segundo um gestor da empresa ouvido pela jornalista Ana Flor, o valor da estatal saiu de R$ 3 bilhões em 2018 para R$ 30 bilhões.
O processo de reorganização reposicionou a empresa num ambiente competitivo que se acirrou com o crescimento das compras online e dos serviços de encomenda, disseram os gestores da estatal.
Os Correios realizam, majoritariamente, dois tipos de serviços: o de encomendas, mais lucrativo, e o de correspondências.
O processo de privatização continua em tramitação, com o governo esperando o aval do Congresso para a venda da estatal, que no passado foi alvo de denúncias de corrupção, investigações e até mesmo foi alvo de uma CPI.
Enquanto não há decisão no Congresso, o BNDES faz audiências públicas da fase final dos estudos para a oferta da empresa.
Imagem: Wikimedia Commons