As bolsas da Europa encerraram o pregão de hoje com tendência de queda, refletindo a persistente preocupação com as taxas de juros globais em alta e a desaceleração da economia chinesa. Esses fatores impactaram o sentimento dos investidores europeus.
- FTSE 100 (Londres) registrou uma ligeira alta de 0,02%, encerrando aos 7.625,72 pontos;
- DAX (Frankfurt) caiu 0,97%, fechando em 15.255,87 pontos;
- CAC 40 (Paris) recuou 0,70%, atingindo 7.074,02 pontos;
- FTSE MIB (Milão) teve uma perda de 1%, encerrando em 28.098,88 pontos;
- Ibex 35 (Madri) cedeu 0,94%, fechando aos 28.115,35 pontos;
- PSI 20 (Lisboa) teve uma queda de 0,29%, chegando aos 6.101,58 pontos.
O desempenho predominantemente negativo nas bolsas europeias segue a tendência de quedas em Nova York e na Ásia. A aversão ao risco global ganhou força desde a semana passada, quando dirigentes do Federal Reserve (Fed) indicaram a intenção de manter a política monetária restritiva. Essa aversão foi intensificada pelas decisões sobre juros de vários bancos centrais, incluindo o Federal Reserve dos Estados Unidos.
Setor imobiliário da China contribui para as preocupações
As preocupações com o setor imobiliário da China também pesaram no mercado, especialmente após o Evergrande Group anunciar dificuldades para reestruturar sua dívida. A incerteza em relação ao futuro desse gigante do setor imobiliário afetou a confiança dos investidores.
Setor de luxo impactado
Um dos setores notadamente afetados nas bolsas europeias hoje foi o de bens de luxo. Empresas como Kering registraram uma queda de 2%, enquanto LVMH (Louis Vuitton) cedeu 1,67%, e Hermes International recuou 1,44% em Paris. Essas empresas experimentaram uma redução na demanda chinesa durante o verão local. No entanto, o mercado chinês ainda é visto como um impulsionador do crescimento do setor para o próximo ano, de acordo com um relatório do Morgan Stanley. No entanto, analistas do banco alertam que a menor demanda chinesa nos próximos cinco a dez anos pode impactar o crescimento da maioria das empresas de luxo.
Barclays e ocado se destacam
Por outro lado, o índice de Londres recebeu suporte durante a sessão devido ao desempenho das ações do Barclays, que subiram 3,84%, após o Morgan Stanley elevar sua recomendação de compra para a instituição financeira. A varejista Ocado também se destacou, com alta de 3,59%.
Imagem: Piqsels