O Brasil ficou fora da lista de países considerados “hostis” pela Rússia, que foram proibidos pelo presidente Vladimir Putin, de receber exportações do país.
O governo da Rússia proibiu a exportação de mais de 200 produtos até o final de 2022. A lista inclui equipamentos médicos, agrícolas, elétricos e de telecomunicação, segundo o Ministério da Economia.
Cerca de 48 países foram considerados hostis e devem ser afetados pela medida, entre eles os Estados Unidos e os integrantes da União Europeia (UE). O Brasil não consta da relação divulgada pelo Kremlin.
A divulgação da lista foi um alívio para o agronegócio. A Rússia exporta para o país 27% dos fertilizantes de potássio, 21,5% dos fertilizantes de nitrogênio e 14,6% dos fertilizantes químicos.
Apenas 20% dos fertilizantes utilizados no Brasil são de fabricação nacional, sendo a Rússia e Belarus os maiores exportadores.
Racha nos BRICS
A resolução que condena a ofensiva russa na Ucrânia, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) no último dia 2, contou com 141 votos a favor do fim da guerra, com a retirada das tropas de Vladimir Putin.
Cinco países, no entanto, se posicionaram a favor da Rússia e outros 35 se abstiveram de votar a resolução. Aqueles que se mantiveram declaradamente ao lado de Putin foram Belarus, Coreia do Norte, Síria e Eritreia, além da própria Rússia.
Entre as abstenções, estão a China e uma lista de economias emergentes, como Índia, África do Sul, Bolívia, Angola e Cuba.
Com isso, o Brasil foi o único dos BRICS, grupo das cinco maiores economias em desenvolvimento do planeta, a se posicionar contra a Rússia.
A resolução da ONU reafirma a independência da Ucrânia e sua integridade territorial, deplora nos termos mais fortes a agressão da Rússia contra o país vizinho e demanda que Moscou retire suas forças da Ucrânia imediatamente. E deplora o envolvimento de Belarus no conflito.
Imagem: Agência Brasil