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O presidente do banco Bradesco, Octavio de Lazari Jr., afirmou que o banco não irá operar consignado para os beneficiários do Auxílio Brasil, por se tratar de empréstimo para pessoas vulneráveis.
“Como é de taxa de juros muito alta, como é uma operação em que as pessoas terão o auxílio por período definido, nós entendemos que é melhor não operar na carteira, pois estamos falando de pessoas vulneráveis”, afirmou Lazari.
O presidente ainda destacou que as pessoas terão dificuldades financeiras com o final do benefício em dezembro, e por isso o banco preferiu não oferecer o serviço.
COMO VAI FUNCIONAR
O texto, que já passou pelo Senado e pela Câmara de Deputados, prevê que a margem do empréstimo seja de até 40% do valor do benefício. Com o auxílio de R$ 600 previsto para agosto, isso significa que a parcela dos empréstimos pode ser de até R$ 240.
O empréstimo poderá ser dividido em até 24 parcelas mensais, com uma taxa de juros que vai variar de banco para banco, mas provavelmente terá média de 5% ao mês.
O QUE É AUXÍLIO BRASIL
Auxílio Brasil é o benefício financeiro coordenado pelo Ministério da Cidadania durante a pandemia do Covid-19, mas que foi prorrogado até dezembro deste ano.
O programa que antes permitia famílias em situação de extrema pobreza, pobreza e em regra de emancipação receberem R$ 400 por mês agora teve um aumento de R$ 200, totalizando R$ 600 reais mensais com a aprovação da "PEC dos Benefícios" ou "PEC do Desespero".
De acordo com a descrição do governo, famílias em situação de extrema pobreza são aquelas que "possuem renda familiar mensal per capita de até R$ 105,00", enquanto famílias em situação de pobreza tem "renda familiar mensal per capita entre R$ 105,01 e R$ 210,00".
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