As bolsas europeias encerraram o dia em território negativo nesta segunda-feira (25), influenciadas por novos desdobramentos no setor imobiliário chinês, que geraram cautela nos mercados globais. Além disso, a ascensão dos rendimentos dos títulos soberanos e do dólar no cenário internacional contribuiu para a atmosfera de incerteza. Investidores também estiveram atentos às informações que sinalizam o enfraquecimento da economia alemã e às declarações de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) sobre a necessidade de manter juros restritivos por mais tempo.
- FTSE 100 (Londres) registrando uma queda de 0,78%, a 7.623,99 pontos;
- CAC 40 (Paris) recuou 0,85%, atingindo 7.123,88 pontos;
- o DAX (Frankfurt) encerrou com queda de 0,98%, a 15.405,49 pontos;
- FTSE MIB (Milão) caiu 0,68%, atingindo 28.382,19 pontos;
- IBEX 35 (Madri) baixou 1,22%, alcançando 9.386,00 pontos;
- PSI 20 (Lisboa) recuou 0,79%, atingindo 6.119,62 pontos.
Preocupações com China e juros globais elevados abalam bolsas europeias
Os receios em relação à China foram reacesos devido a novos problemas no setor imobiliário. A Evergrande informou que não pode emitir novos títulos devido a uma investigação da Comissão Reguladora de Valores Mobiliários chinesa sobre sua subsidiária Hengda Real Estate.
Além disso, a China Oceanwide Holdings, outra incorporadora considerada sistemicamente importante, suspendeu suas negociações na Bolsa de Hong Kong após uma decisão judicial nas Bahamas determinar a liquidação de suas operações.
Rendimentos de títulos públicos em alta
A elevação dos rendimentos dos títulos públicos teve como base a expectativa de juros restritivos em importantes economias globais. O rendimento do Bund alemão de 10 anos atingiu seu nível mais alto desde julho de 2011, chegando a 2,783%, apoiado também pela queda no índice de sentimento das empresas alemãs, medido pelo instituto Ifo, que caiu para 85,7 em setembro.
Além disso, os dirigentes do BCE enfatizaram a necessidade de manter juros restritivos na zona do euro por um período prolongado. Christine Lagarde, presidente do BCE, afirmou que a redução dos juros nunca foi discutida e que eles devem permanecer elevados até que a inflação atinja a meta. Pablo Hernández de Cos, outro dirigente, argumentou que manter os juros restritivos é essencial para evitar efeitos negativos tanto de um aperto excessivo quanto de um aperto insuficiente na política monetária, ambos com possíveis repercussões negativas para a economia europeia.
Ações da Air France-KLM caem
Na sessão de hoje, as ações da Air France-KLM registraram uma queda de 3,65% em Paris, devido às notícias de que a empresa encomendou cerca de 50 aviões do modelo A350, produzido pela Airbus.
Imagem: Piqsels