A partir de outubro, a empresa espanhola Aena concretiza seu plano, se tornando operadora de 11 aeroportos brasileiros, um negócio que totalizou R$ 2,4 bilhões em agosto de 2022.
Os investimentos iniciais foram de R$ 3,3 bilhões, incluindo pagamentos e indenizações, feitos antes de tomar o controle das operações.
A primeira fase do processo foi a elaboração e aprovação de planos de transferência operacional, envolvendo visitas técnicas, reuniões e treinamentos.
Até o início da operação efetiva, programada para o próximo mês, os 11 aeroportos estarão em uma fase de operação assistida, com a contratação de consultorias para desenvolver projetos de expansão e modernização dos terminais.
O aeroporto de Uberlândia inicia o cronograma, com a Aena assumindo a operação em 10 de outubro, seguido por Campo Grande (MS) em 13 de outubro e Congonhas em 17 de outubro. Em novembro, a empresa assumirá o controle dos terminais de Ponta Porã (MS), Corumbá (MS), Uberaba (MG), Montes Claros (MG), Marabá (PA), Carajás (PA), Santarém (PA) e Altamira (PA).
Expansão da Aena
Com a adição desses aeroportos, a Aena passará a gerenciar um total de 17 terminais no Brasil, respondendo por cerca de 20% do tráfego aéreo nacional. Atualmente, a empresa já opera seis aeroportos no Nordeste, adquiridos na quinta rodada de concessões em 2019.
A Aena é responsável por 46 aeroportos na Espanha e possui 34 ativos semelhantes ao redor do mundo, incluindo os brasileiros.
Expansão em Congonhas
A partir de 17 de outubro, a empresa assumirá a gestão do aeroporto de Congonhas, localizado em São Paulo, com planos audaciosos para aprimorar as instalações. Segundo informações do Broadcast, a Aena se comprometeu a concluir as melhorias até junho de 2030, conforme o contrato de concessão.
No entanto, a meta principal é entregar as iniciativas previstas na fase B até junho de 2028, incluindo a construção de um novo terminal de passageiros.
A Aena planeja quase dobrar a área do terminal, passando dos atuais 35 mil metros quadrados para 80 mil metros quadrados, conforme afirmou Santiago Yus, diretor-presidente da companhia. Além disso, a fase envolve a revitalização das pistas de táxi, expansão do pátio de aeronaves e a criação de novas posições de contato.
Para garantir melhorias a curto e médio prazo, Yus destacou estratégias que contemplam melhorias imediatas até o final de 2024.
Entre as iniciativas planejadas pela Aena para Congonhas, estão também a readequação das vias de acesso, revitalização da fachada e melhorias nos banheiros, entre outros.
Para os outros 10 aeroportos que a Aena assumirá oficialmente entre outubro e novembro, a expectativa é concluir as obras da fase B até junho de 2026.
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