Entenda tudo que movimentou o mercado financeiro e o mundo dos investimentos nesta quinta-feira (21), com o podcast Fechamento do Mercado, uma produção do Monitor do Mercado.
O episódio de hoje já está no ar, nas principais plataformas de podcasts. Basta clicar na sua plataforma preferida para ouvir: Spotify; Deezer; Amazon Music; Google Podcasts; Anchor. Ou ouvir clicando abaixo.
A quinta-feira (21) foi marcada por turbulências nos mercados globais, à medida que a possibilidade de aumentos nas taxas de juros nos Estados Unidos, algo que não estava previsto anteriormente, passou a preocupar investidores em todo o mundo e levantou dúvidas sobre a persistência da inflação global.
Impacto no Brasil: Ibovespa em queda
Enquanto o Brasil está em um estágio mais avançado do ciclo monetário, não ficou imune a esse pessimismo. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, sofreu uma queda acentuada após o anúncio da manutenção das taxas de juros. Embora haja alguns avanços notáveis no mercado de trabalho e no consumo local, a recente alta nos preços do petróleo pode resultar em custos adicionais de energia e impactar a inflação. Portanto, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve permanecer atento ao aperto monetário.
Mercado precifica aumento de juros nos EUA
O mercado financeiro já começa a precificar a possibilidade de mais um aumento nas taxas de juros nos EUA ainda este ano. Essa perspectiva está pressionando os ativos de risco, enquanto os investidores fortalecem suas posições em títulos do governo norte-americano.
Queda nos principais índices dos EUA
Em consequência desse cenário, os três principais índices dos EUA – Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq – fecharam o dia com quedas significativas, registrando respectivamente quedas de 1,1%, 1,65% e 1,8%. O dólar também teve um leve aumento em relação a outras moedas internacionais, mas seu avanço foi mais expressivo em relação ao real, fechando a R$4,93, um aumento de 1,1%.
Ibovespa registra maior queda percentual desde maio
No mercado brasileiro, o Ibovespa seguiu uma trajetória pessimista, encerrando o dia próximo às mínimas do pregão, com uma queda de 2,15%, atingindo os 116.145 pontos. Essa foi a maior queda percentual desde maio deste ano. Os setores mais afetados foram as empresas focadas no consumo local e construtoras, uma vez que a manutenção ou aumento das taxas de juros nos EUA pode afetar o ritmo de corte das taxas pelo Copom no Brasil.
Selic em queda: alívio para dívidas locais
O corte de meio ponto percentual na taxa Selic anunciado ontem, embora tenha sido bem-vindo para aqueles que buscam rolar suas dívidas ou obter crédito de curto prazo, não foi suficiente para conter o mau-humor externo que pressionou os ativos brasileiros.
Incertezas sobre a política de juros no Brasil
Esse cenário internacional, combinado com a política local, gera incertezas sobre se o ciclo de corte de juros no Brasil será mantido ou se poderá haver uma aceleração. Além disso, a questão do fluxo cambial de entrada, que vimos no início do ano, permanece uma incógnita. Somente o tempo dirá como esses fatores se desdobrarão.
Podcast
Em episódios diários, no começo e no fim do dia, com cerca de 5 minutos, o programa mantém seus ouvintes atualizados sobre os pontos mais importantes da economia e do mundo financeiro.
São notícias, análises e dados para você tomar as melhores decisões para seus investimentos e cuidar bem do seu dinheiro.
Aproveite para ficar por dentro do que importa para a sua vida financeira, com especialistas no assunto, como Thiago Raymon, gestor da Titan Capital; Lucas Rocco, André Ribeiro e Pablo Piero, da Wise Investimentos | BTG Pactual; Marcos Vasconcellos, CEO do Monitor do Mercado, e muito mais!
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