Lacan vai captar R$ 1 bilhão em fundo de ativos florestais
A Lacan Ativos Reais, gestora que tem como chairman e sócio-fundador o ex-diretor de Política Monetária do Banco Central (Bacen) Luiz Augusto de Oliveira Candiota, se prepara para abrir, para captação, seu quarto fundo de ativos florestais — a data oficial para o início das operações ainda será definida.
29/08/2022 14:57
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29/08/2022 17:19

A Lacan Ativos Reais, gestora que tem como chairman e sócio-fundador o ex-diretor de Política Monetária do Banco Central (Bacen) Luiz Augusto de Oliveira Candiota, se prepara para abrir, para captação, seu quarto fundo de ativos florestais — a data oficial para o início das operações ainda será definida.
A ideia é levantar cerca de R$ 1 bilhão em recursos, para investir em projetos da ordem de R$ 2,5 a R$ 3 bilhões, já avaliados pela empresa. O fundo será modelado com um prazo de até 18 anos. O “trackrecord” da Lacan indica um retorno líquido de IPCA + 8% a 11% ao ano.
Atuando na área de recursos florestais (segmento em que as gestoras são conhecidas pela sigla em inglês TIMO — Timber Investment Management Organization) desde meados dos anos 2000, a Lacan possui operações nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, com um total de mais de 80 mil hectares de florestas plantadas de eucalipto e pinus e mais de 30 mil hectares de florestas nativas preservadas. De forma simplificada, a gestora assume as áreas de cultivo de florestas e as gerencia. Além disso, foi a pioneira global no estabelecimento de contratos de longo prazo de fornecimento de madeira em pé para os grandes players industriais do setor.
Atividade econômica de longo prazo e, em geral, de baixo risco, a gestão de recursos florestais atrai investidores com esse tipo de perfil, sobretudo investidores institucionais (nacionais e estrangeiros), e family offices — no caso da Lacan, são 41 investidores institucionais na base de investidores.
Segundo maior produtor mundial de celulose, com 75% da produção destinada à exportação e produtividade ímpar de suas florestas, o Brasil ainda possui um enorme potencial de desenvolvimento no mercado de fundos florestais. A capitalização do setor de fundos florestais é estimada em R$ 17 bilhões.
O segmento deve ganhar impulso nos próximos anos, com o crescimento do mercado de carbono e uma maior conscientização com a temática ESG. No primeiro caso, durante o processo de crescimento, a floresta absorve CO2, o que a torna elegível para a comercialização de créditos no mercado. Já no que diz respeito à busca por adequação aos princípios ESG, muitos fundos acabam buscando posições em ativos que estejam, de alguma forma, ligados à questão.Imagem: Piqsels