Hoje (19), o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, apresentou uma leve baixa de 0,37%, chegando a 117.845,78 pontos, partindo de uma abertura em 118.293,14 pontos. Este foi o terceiro dia consecutivo de perdas para o Ibovespa, que ainda mantém ganhos de 1,82% no mês e 7,39% no ano, mas sofreu uma queda semanal de 0,77%. O volume financeiro negociado superou os R$ 20 bilhões, atingindo R$ 21,5 bilhões.
Petrobras e a volatilidade dos preços do petróleo
No cenário da Bolsa de Valores (B3), a Petrobras se destacou inicialmente, impulsionada pelos ganhos recentes nos preços do petróleo, que levaram o Brent, referência global, próximo a US$ 96 por barril durante o dia, fechando em US$ 95,96. No entanto, após as 15 horas, os preços do petróleo perderam força, afetando o desempenho das ações da Petrobras, que fecharam o dia com ações ordinárias (ON) sem variação e ações preferenciais (PN) com alta de 0,23%. Enquanto isso, a Vale ON mudou de direção e registrou alta de 0,19% no fechamento.
Desempenho dos bancos e outras variações no mercado
Por outro lado, os grandes bancos apresentaram desempenho negativo, com o Bradesco PN liderando as perdas (-1,14%). Na lista das maiores quedas do Ibovespa, destacou-se o Pão de Açúcar (-6,90%), Renner (-5,38%) e Totvs (-4,91%). O Bank of America (BofA) reduziu o preço-alvo das ações do GPA de R$ 15 para R$ 3,50, devido à cisão do controle acionário no Grupo Éxito, que passou a ser negociado por meio de Brazilian Depositary Receipts (BDRs).
Recuperação dos preços do petróleo e inflação global
Em relação à recuperação dos preços do petróleo, isso ocorre em um momento em que o mercado começa a precificar uma maior convergência da inflação global. O Brent ultrapassou a marca de US$ 95 por barril durante a sessão, devido a preocupações com a oferta global, o que está aumentando a pressão sobre os bancos centrais para controlar a inflação sem gerar recessões, segundo a Guide Investimentos.
Indicador IBC-Br aponta crescimento econômico
Na agenda econômica doméstica, destaque para o indicador IBC-Br, considerado uma prévia do PIB, que apresentou um crescimento de 0,44% em julho. Isso indica que a atividade econômica do Brasil permanece resistente, apesar das taxas de juros elevadas. O avanço foi mais significativo do que as estimativas, mostrando que o índice de atividade calculado pelo BC atingiu o maior nível desde abril.
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