Santander Brasil revisou suas projeções para a taxa Selic ao final de 2024, reduzindo-a de 10,0% para 9,5%. Esta atualização representa um cenário mais otimista para os investidores, pois sugere a possibilidade de taxas de juros mais baixas em breve.
Para o final de 2023, o banco manteve sua projeção de taxa Selic em 11,75%. A redução na estimativa da Selic para 2024 é justificada pelo Santander devido a uma dinâmica “mais benigna” nos núcleos de inflação, que são indicadores que excluem elementos mais voláteis da inflação, como alimentos e energia.
O banco observa que os juros nos Estados Unidos e na Europa continuam em níveis elevados, com a expectativa de um ciclo de flexibilização começando no segundo trimestre de 2024. Isso poderia limitar a velocidade dos cortes de juros na política monetária brasileira.
No entanto, o Santander acredita que, com a melhoria da dinâmica inflacionária nos núcleos de inflação, há espaço para uma redução adicional de 0,50 ponto percentual no próximo ano, o que levaria a taxa Selic a 9,50%.
O Santander também reduziu suas projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A expectativa para o final de 2023 passou de 4,9% para 4,7%, dentro da meta de inflação do Banco Central de 4,75%. Para o final de 2024, a projeção caiu de 3,9% para 3,8%.
Essas revisões para baixo nas projeções de inflação são atribuídas à melhoria na dinâmica dos preços de alimentos e serviços. Apesar de uma esperada elevação nos preços administrados até o final do ano, o banco acredita que os preços livres, mais voláteis, continuarão desacelerando.
As projeções do Santander para o IPCA de 2025 e 2026 permanecem inalteradas, mantendo-se em 4,5% para ambos os anos.
Câmbio
O Santander também fez pequenos ajustes nas projeções para o câmbio. Para o final de 2023, a projeção passou de R$ 5,20 para R$ 5,10. Para 2024, a expectativa é de uma taxa de câmbio de R$ 5,25 (anteriormente R$ 5,35), e para 2025, de R$ 5,30 (anteriormente R$ 5,40).
O banco justifica essas projeções com base nas perspectivas globais de condições monetárias restritivas, acomodação nos preços das commodities e uma recuperação lenta da economia chinesa. No cenário doméstico, também há incertezas relacionadas à implementação da nova regra fiscal, enquanto a taxa Selic continua a recuar.
Essas mudanças nas projeções financeiras do Santander Brasil podem influenciar estratégias de investimento, uma vez que sugerem um ambiente potencialmente mais favorável com taxas de juros mais baixas e inflação sob controle.
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