Nesta quinta-feira (14), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) acatou o pedido da Americanas e suspendeu temporariamente a ação movida pelo Bradesco, que buscava a produção antecipada de provas relacionadas à fraude contábil detectada pela Americanas durante seu processo de recuperação judicial. A decisão foi tomada um dia após a rede varejista solicitar que a consultoria Kroll atuasse como perita na ação.
A Americanas alegou que a Kroll estava envolvida com o escritório Warde Advogados, que representa o Bradesco na ação judicial, em outro caso relacionado aos fundadores do site de comércio eletrônico Kabum, a Magazine Luiza e o Itaú BBA. Além disso, segundo a Americanas, a Kroll também havia sido contratada por credores para atuar na própria recuperação judicial da Americanas, o que levantou dúvidas sobre sua imparcialidade como perita judicial no caso.
Na decisão de hoje, a Justiça de São Paulo determinou a suspensão da ação e convocou tanto a Kroll quanto o Bradesco para prestar esclarecimentos sobre as alegações feitas pela Americanas. Ambas as partes têm um prazo de 15 dias para responder às solicitações da Justiça.
Enquanto a trégua jurídica entre os bancos e a Americanas foi acordada durante as negociações do plano de recuperação judicial da companhia, a ação do Bradesco permaneceu em curso, aguardando as próximas etapas após a suspensão temporária.
Possíveis desdobramentos para investidores
Investidores que acompanham de perto o cenário financeiro devem estar atentos aos desdobramentos deste caso, pois ele pode afetar as negociações em torno da recuperação judicial da Americanas. A suspensão temporária da ação pelo TJ-SP demonstra a importância da imparcialidade no processo de peritagem, um aspecto crucial em disputas legais envolvendo empresas.
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