O dólar à vista enfrentou um início volátil, mas terminou o dia com uma queda de 0,72%, encerrando em R$ 4,9173. Esse movimento foi influenciado por fatores internos e externos, trazendo possíveis implicações para investidores.
Influência externa e doméstica
A redução gradual do dólar ao longo da tarde refletiu movimentos em mercados internacionais, com a moeda americana ganhando força em relação ao euro e ao iene. No entanto, manteve uma tendência negativa em relação à maioria das divisas emergentes e países exportadores de commodities, incluindo pares latino-americanos como o real.
Indicadores externos orientam os negócios
Com a agenda doméstica esvaziada, os negócios cambiais foram amplamente influenciados por indicadores externos. A leitura de inflação ao consumidor nos EUA, sem surpresas, dissipou temores de uma postura mais rígida do Federal Reserve a curto prazo.
Expectativas sobre a taxa básica americana
A ferramenta de monitoramento do CME Group aponta que as chances de manter a taxa básica americana entre 5,25% e 5,50% na próxima reunião do BC americano permanecem acima de 90%. Além disso, há cerca de 45% de probabilidade de um aumento das taxas até o final do ano.
Desmonte de operações cambiais defensivas
Operadores notaram um desmonte parcial de operações cambiais defensivas no mercado futuro. O contrato de dólar para outubro registrou um volume significativo, superando US$ 12 bilhões. Essa mudança ocorreu após investidores cautelosos buscarem proteção no mercado futuro devido a preocupações com a inflação americana.
Perspectivas futuras
As atenções agora se voltam para a divulgação da inflação ao produtor (PPI) e dos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, assim como para a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e o pronunciamento da presidente da instituição, Christine Lagarde.
Fluxo cambial no Brasil
No Brasil, o Banco Central informou que o fluxo cambial total até o dia 8 de setembro está negativo em US$ 1,739 bilhão, devido a uma saída líquida de US$ 2,713 bilhões pelo canal financeiro. Por outro lado, o comércio exterior registrou uma entrada líquida de 873 milhões no mesmo período. No acumulado do ano até 8 de setembro, o fluxo cambial total é positivo em US$ 20,612 bilhões.
Imagem: Piqsels