As bolsas de Nova York encerraram o pregão desta terça-feira (12) em baixa, refletindo a cautela do mercado em relação ao índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, que será divulgado amanhã. Esse indicador tem gerado atenção, uma vez que uma aceleração na inflação pode prolongar a política de juros restritivos pelo Federal Reserve (Fed), o banco central americano, afetando o apetite por risco dos investidores.
O CPI dos EUA pode impactar as decisões futuras do Fed em relação às taxas de juros. Juros mais altos tendem a diminuir o interesse por ativos de risco, como ações, enquanto juros baixos podem favorecer o mercado acionário.
- Dow Jones fechou com leve queda de 0,05%, atingindo 34.647,44 pontos;
- S&P 500 registrou recuo de 0,57%, fechando em 4.462,03 pontos;
- Nasdaq teve a maior baixa, com perdas de 1,04%, fechando em 13.773,61 pontos.
Tecnologia em foco
O setor de tecnologia enfrentou um dia desafiador, com o Nasdaq liderando as quedas. A gigante de software Oracle despencou 13,5% após a divulgação de seu balanço trimestral, que, apesar de resultados positivos no trimestre anterior, trouxe uma perspectiva mais fraca para o próximo trimestre e uma desaceleração na unidade Software como Serviço (SaaS).
Outras empresas de software também foram afetadas, incluindo Adobe, Autodesk, Datadog e Zscaler, que apresentaram quedas significativas. No entanto, a Salesforce teve um desempenho relativamente melhor, com uma queda de 1,62%, mesmo após anunciar uma parceria com o Google em inteligência artificial (IA).
Apple e semicondutores
A Apple registrou uma queda de 1,76% após o lançamento do aguardado iPhone 15, que não empolgou o mercado. Por outro lado, a notícia de que o novo smartphone utilizará chips da Qualcomm impulsionou as ações da empresa de semicondutores (+0,86%).
Setor financeiro e energia em alta
Bancos como Wells Fargo, Citi e Morgan Stanley se destacaram com ganhos de mais de 2%. O setor de energia também teve um desempenho positivo, impulsionado pela valorização dos preços do petróleo. Empresas petrolíferas como ExxonMobil e Chevron avançaram 2,92% e 1,86%, respectivamente.
Montadoras e varejistas de farmácias
As montadoras Ford (+1,88%) e GM (+2,61%) acumularam ganhos devido à notícia de que o sindicato americano de trabalhadores das montadoras (United Auto Workers, UAW) aliviou suas demandas, aumentando a possibilidade de um acordo salarial sem greve.
A notícia de que a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA emitiu um alerta às empresas CVS Health e Walgreens Boots Alliance sobre a comercialização de colírios não aprovados não abalou as ações dessas varejistas de farmácias, que fecharam o dia com ganhos de 2,57% e 1,35%, respectivamente.
Imagem: Unsplash