O Ibovespa encerrou o pregão da véspera de 7 de setembro com três quedas consecutivas, refletindo a cautela não apenas no Brasil, mas também em Nova York, onde o Nasdaq fechou em queda de 1,06%.
Hoje (6), o índice da B3 variou entre 117.970,71 e 115.983,53 pontos, encerrando em 115.985,34 pontos, uma queda de 1,15%. O giro financeiro atingiu R$ 204 bilhões. Na semana, o Ibovespa acumulou perda de 1,62%, limitando o ganho mensal a 0,21%, após uma abertura de setembro promissora com alta de 1,86% na última sexta-feira. No acumulado do ano, o índice da B3 subiu 5,70%.
Petrobras se destaca
Com o preço do Brent acima de US$ 90 por barril, a Petrobras conseguiu resistir às perdas que afetaram outras ações de grande peso na B3. A Vale ON registrou uma queda de 1,59%, enquanto Petrobras ON e PN subiram 0,49% e 0,45%, respectivamente, hoje.
Entre as maiores altas do dia no Ibovespa, destacam-se Braskem (+5,39%), Via (+2,56%) e Yduqs (+2,32%), enquanto as maiores quedas foram lideradas por Vamos (-7,10%), CVC (-4,94%) e IRB (-4,49%). Os grandes bancos também registraram perdas, com destaque para o Bradesco ON, que caiu 1,39% no fechamento.
Esforços para estabilizar os mercados globais
O príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman, conversou por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, após os dois países confirmarem uma redução conjunta na oferta de petróleo. Os líderes expressaram satisfação com os esforços para estabilizar os mercados globais de energia.
Preços do petróleo em alta
O contrato do Brent para novembro foi negociado a US$ 91 por barril na máxima do dia, fechando a sessão a US$ 90,60, uma alta de 0,62%. Além das preocupações com o petróleo, os investidores globais continuam monitorando de perto os dados de atividade nos Estados Unidos para antecipar as ações do Federal Reserve em relação às taxas de juros. Os rendimentos dos Treasuries de 10 anos chegaram a 4,30% na máxima do dia.
Ameaça de retomada da inflação
A aversão ao risco persiste nos mercados globais devido ao avanço dos juros e preocupações com uma possível retomada da inflação. Analistas acreditam que o Federal Reserve precisará adotar uma postura mais rígida em sua próxima reunião.
Perspectivas para o mercado
O mercado deve continuar nessa dinâmica de cautela até a reunião do Fed mais adiante no mês. Destaque para o Livro Bege, que mostrou crescimento econômico modesto nos Estados Unidos em julho e agosto, com aumento moderado do emprego. Pela manhã, o índice de atividade (PMI) para o setor de serviços também surpreendeu, atingindo seu maior nível desde fevereiro.
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