No retorno do feriado nos Estados Unidos, o mercado financeiro mundial enfrenta um cenário marcado pela cautela devido a uma nova alta nos rendimentos dos Treasuries. Além disso, crescem as preocupações em relação a uma desaceleração mais intensa na China e na zona do euro, afetando os investidores em todo o mundo.
Às 12h48, o Ibovespa operava aos 116.798,31 pontos, registrando uma leve alta de 0,02%. Enquanto isso, o dólar à vista subia 0,67%, atingindo R$ 4,9680.
Na renda fixa, o DI para janeiro de 2025 operava a 10,60%, ligeiramente acima dos 10,593% no ajuste anterior.
Impactos nos setores de serviços e inflação na Europa e China
O dia começou com resultados abaixo do esperado nos setores de serviços tanto na China quanto na zona do euro. Essa desaceleração econômica nas duas regiões se soma à piora nas expectativas de inflação apurada pelo Banco Central Europeu (BCE). Para os investidores, isso levanta questões sobre o crescimento global e a estabilidade financeira.
Fed projetando juros elevados e impactos no mercado petrolífero
Além disso, o diretor do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, afirmou que as taxas de juros americanas permanecerão elevadas até que a inflação ceda. Essa declaração também contribui para a cautela dos investidores.
No mercado de petróleo, a confirmação de cortes voluntários na oferta pela Rússia e Arábia Saudita teve impacto significativo. Como resultado, a Petrobras viu suas ações subirem até 2,5%, levando o Ibovespa a uma leve alta. No entanto, a cautela externa limitou o desempenho do mercado brasileiro.
Dólar em alta e cenário local
No câmbio, o dólar acompanhou a alta da moeda americana e dos Treasuries após o feriado nos Estados Unidos, atingindo uma máxima intradia na casa de R$ 4,98. Euro, libra, iene e moedas emergentes e ligadas a commodities também recuaram frente ao dólar americano.
No mercado local, persiste uma postura defensiva devido à indefinição da reforma ministerial e às dúvidas sobre o cumprimento da meta fiscal de déficit zero. Os juros futuros acompanharam a tendência do dólar, refletindo a incerteza no cenário interno.
Imagem: Piqsels