O Ibovespa futuro sobe em um dia em que os investidores reagem a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) [7 e 8 de dezembro] em que o colegiado defende a alta de juros por mais tempo para conter a inflação e digerem os dados da pesquisa mensal de serviços-recuou 1,2% em outubro ante setembro e acumula ganho de 11,0% em 2021. No encontro da semana passada, o Banco Central (BC) aumentou a taxa básica de juros (Selic) em 1,5 ponto porcentual (pp) para 9,25% ao ano (aa).
Por aqui, os investidores ficam atentos ao desfecho da PEC dos precatórios, que está pautada para a sessão de hoje na Câmara dos Deputados. E lá fora a variante Ômicron segue preocupando a Europa. Ontem foi divulgada a primeira morte no Reino Unidos causa pela nova cepa.
Os investidores ficam à espera amanhã (15) para a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) sobre os novos passos da política monetária do país.
Às 9h50 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em dezembro subia 0,44%, aos 108.320 pontos. Os futuros norte-americanos caíam e as bolsas europeias operavam de forma mista. Na Ásia, os índices fecharam em queda.
Na avaliação de Rodrigo Friedrich, sócio da Renova Invest, a Bolsa não deve ser impactada negativamente pela ata do Copom, que “veio em linha com o que o mercado esperava não foi tão dura assim porque o Campos Neto [Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central] disse semanas atrás que ia fazer de tudo para conter a inflação e para que ela voltasse dentro da meta”.
Já Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, avaliou que a ata do Copom foi marginalmente mais hawkish (dura) que o comunicado, e para fevereiro e março “nossa estimativa é de que a autoridade deverá elevar o juro em 1,5 pp, interrompendo o ciclo de alta abruptamente no final do primeiro trimestre, com a Selic a 12,25%”.
O sócio da Renova Invest comentou que o mercado está com foco na reunião do Fed amanhã “se vier um tom menos agressivo no combate à inflação é melhor para os mercados emergentes, como Brasil, mas se retirada de estímulos à economia vier de uma forma mais dura ou um possível aumento de juros mais cedo que o esperado, a Bolsa pode cair”.
Soraia Budaibes / Agência CMA
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