No mercado financeiro, a Reforma Tributária é motivo de preocupação para os investidores. A falta de dados que mostrem os resultados esperados trazem insegurança para quem busca se planejar.
O professor de Direito Tributário da USP, Fernando Facury Scaff, explica que não há previsões ou estimativas oficiais de impacto nos diversos setores da economia.
Há diversas áreas com pontos cegos, que não apresentam um “plano de voo claro”, como Imposto de Renda e tributação da propriedade, afirma Scaff.
O novo imposto, que combina o ICMS com o ISS, formando o IBS, pode ampliar as taxações, junto ao Imposto Seletivo. As novas taxações, de acordo com o professor da USP, criam incertezas na cadeia produtiva.
No dia 13 de setembro, em São Paulo, o Monitor do Mercado conversa com o professor Fernando Scaff e com Francisco Jovetta Neto, sócio da Wise Investimentos, para destrinchar o impacto da Reforma Tributária no mercado financeiro.
O evento é gratuito e acontecerá presencialmente na Vila Olímpia, às 19h. Para participar, basta se inscrever pelo link e aguardar mais informações.
O que sabemos sobre a Reforma?
A reforma tributária propõe uma mudança fundamental ao unificar tributos federais, estaduais e municipais, buscando simplificar e tornar mais transparente o sistema. No entanto, essa transformação também pode resultar em ajustes na tributação de investimentos, como rendimentos, ganhos de capital e dividendos.
A reforma tributária em discussão trata da unificação dos tributos sobre o consumo. Há uma proposta de criar a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) para substituir os atuais impostos.
A reforma prevê uma transição de 7 anos, durante a qual os dois sistemas (o atual e o novo) conviverão.
A tributação de dividendos e outros temas estão previstos para serem discutidos em uma próxima fase da reforma.
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, renúncias fiscais e desonerações que foram feitas estão sendo revistas “à luz do impacto social, na maioria das vezes, baixo”.
Haddad informou que a pasta está com muita cautela em relação à reforma do imposto de renda que ele classificou de muito complexa. Segundo o ministro, a reforma sobre a renda vai precisar de um processo de amadurecimento por ter sido menos discutida que a reforma tributária sobre o consumo que está em curso.
Inscreva-se no evento “Reforma Tributária e seus impactos no Mercado Financeiro” pelo link.