O dólar comercial fechou em R$ 5,6140, com alta de 0,69%. A moeda norte-americana refletiu a divulgação do Indice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), que subiu 0,8% em novembro ante outubro. Além da inflação, o indicador aponta que os Estados Unidos estão em rota de crescimento e o aumento dos juros se aproxima.
Para a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, “a economia dos Estados Unidos caminha para um caminho construtivo em 2022, ao mesmo tempo em que esta inflação continua pressionada, corroborando para um dólar forte”.
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Abdelmalack acredita que a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que ocorre na próxima semana, pode trazer novidades: “Teremos mais informações de como eles estão enxergando o cenário. A inflação de lá está mais persistente, e mostra que existe uma pressão por consumo”, analisa. A economista ainda diz que o aumento dos juros no próximo “não é nenhum segredo” e que os investidores querem apenas entender como será o ritmo deste aumento.
Por outro lado, Abdelmalack considera os resultados do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – que subiu 0,95% em novembro ante outubro positivo: “O IPCA surpreendeu para baixo e, dependendo dos dados de dezembro, o acumulado ano pode acabar em um dígito”, opina. A desaceleração da inflação, salienta, não irá mudar o aumento o ciclo de aumentos da Selic, diz a economista.
De acordo com o boletim da Ajax Capital, os “ativos de risco devem acompanhar exterior, que operam em leve baixa à espera da inflação de novembro. Afinal, mercado teme que a continuidade de números elevados obrigue o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) a ser mais rápido na normalização da política monetária, o que poderia diminuir apetite a risco”.
Uma antecipação dos juros nos Estados Unidos, assim como o anúncio da aceleração do tapering (remoção de estímulos), é algo que afeta diretamente os mercados emergentes, pois aumenta ainda mais a atratividade para o aporte de capital em economias que oferecem baixo risco ao investidor.
Paulo Holland / Agência CMA
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