As taxas longas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) abriram a semana em alta, às vésperas da reunião do Copom. A expectativa do mercado é de alta de 150 bps na taxa Selic.
Segundo relatório da Ajax Capital, o BC deve manter atual ritmo de ajuste e elevar as taxas de juros em 150 bps, para 9,25%.
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“Ainda assim, espera-se uma sinalização de uma política monetária mais contracionista no comunicado, diante da maior balança de riscos e convergência da inflação com as expectativas de horizontes mais longos”, diz.
“Desde a última reunião do Copom, os dados de inflação continuaram em alta, e qualitativamente pior”, prossegue.
Já o Bradesco, em relatório, destaca que “a curva de juros recuou diante da aprovação da PEC dos Precatórios, indicadores de atividade econômica piores que o esperado e crescentes preocupações globais com a nova variante da Covid-19”.
Segundo o banco, a nova cepa sul-africana do coronavírus adicionou preocupação com o ritmo de recuperação econômica global impactando na curva local.
“Outro vetor que impactou na queda da curva, especialmente os vértices mais curtos, foram os seguidos dados de atividade econômica surpreendendo negativamente em especial o PIB do terceiro trimestre abaixo das expectativas e os dados fracos de produção industrial ancorando as apostas de que o aumento da Selic deverá seguir no mesmo ritmo sem que haja uma aceleração”, completa.
Por volta das 10h40 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 8,950% de 8,900% no ajuste anterior projetava taxa de 11,410%, de 11,310%, o DI para janeiro de 2025 ia a 10,950%, de 10,890% antes, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 10,980% de 10,960%, na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar com vencimento para janeiro operava em alta, cotado a R$ 5,71 para venda.
Pedro de Carvalho / Agência CMA
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