A agência de classificação de risco Standard & Poors (S&P) elevou a nota de crédito da Marfrig de ‘BB-‘ para. A perspectiva é estável. A alteração foi atribuída às novas aquisições e medidas anticíclicas, incluindo a adesão a decisões de política financeira mais conservadora.
“Não fazemos teste de estresse da empresa para classificá-la acima do Brasil (BB- / Estável / B) porque ela gera menos de 10% do EBITDA consolidado do país”, informou o comunicado. “Mesmo com margens mais normais nos EUA e na América do Sul, não esperaríamos que a geração de EBITDA no Brasil ultrapassasse 25%”
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Segundo a análise da agência, as operações da empresa brasileira de proteínas Marfrig Global Foods (Marfrig) nos EUA estão prosperando devido à forte demanda por carne bovina e alta disponibilidade de gado, conduzindo a taxas de corte recorde, um aumento significativo no EBITDA e compensando as margens deprimidas na América do Sul. o Relatório também considera que a aquisição de 33% das ações da BRF pela Marfrig adiou uma desalavancagem mais acentuada, mas o balanço da empresa continua administrável. “Decisões de política financeira podem levar a mudanças adicionais de classificação, particularmente em um cenário de normalização de margem na indústria de carne bovina dos EUA.”
Outras pequenas aquisições, como Sol Cuisine e Hillary’s, por meio de sua subsidiária Plant Plus, por US$ 100 milhões (cerca de R $ 550 milhões) também contaram para a contaram para a S&P. “A dívida ajustada sobre o EBITDA atingiu 1,8x no terceiro trimestre de 2021 e esperamos que atinja 1,6x no final do ano. Esse índice não considera as ações da BRF como investimentos de curto prazo, o que poderia reduzir ainda mais a alavancagem para 0,4x-0,5x”
Conforme a agência, a Marfrig está aumentando os investimentos – principalmente nas fábricas de Iowa e Bataguassu – e alcançará um capex consolidado de cerca de R$ 1,7 bilhão em 2021. No entanto, devido ao EBITDA recorde, que esperamos atingir cerca de R $ 13,5 bilhões ao final do ano, O FOCF da Marfrig deve ser forte com análise da Standard & Poors, a liquidez da Marfrig continua forte, apesar da aquisição de participação na BRF e de alguma concentração de dívida de curto prazo. Sua operação na América do Sul é intensiva em capital de giro, principalmente se o mercado chinês abrir, enquanto nos EUA as operações têm recebíveis de prazo mais curto.
Camila Brunelli / Agência CMA
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