O Ibovespa tem forte alta à espera de uma definição em relação à aprovação da PEC dos Precatórios e a recepção dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, que indicou recessão técnica, levemente abaixo do consenso do mercado.
A Bolsa também acompanha o lado positivo do mercado norte-americano, onde os principais índices do mercado futuro de ações aceleraram as altas nesta manhã, com a Dow Jones e a S&P 500 subindo mais de 1%, em recuperação das perdas de ontem. Enquanto nos Estados Unidos houve impacto da notificação do primeiro caso da variante Ômicron do coronavírus nos Estados Unidos.
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Na Europa as bolsas abriram em queda. O PIB brasileiro caiu 0,1% na comparação com o segundo trimestre, e foi a segunda queda trimestral consecutiva. Na comparação com terceiro trimestre de 2020, o PIB avançou 4%.
As taxas longas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) operam em queda com o mercado na expectativa pela votação da PEC dos Precatórios, nesta quinta-feira (2).
Para Rachel de Sá, chefe de economia da Rico, a parte curta, em alta, é reflexo da reunião do Copom na semana que vem, com mercado precificando um aumento de pelo menos 150 bps na Selic.
“A parte longa está em queda por reflexo da alta na parte curta, porque, em tese, aumentando juros próximos você não precisaria aumentar tanto os juros longos”, diz. “Mas, além disso, esse movimento de hoje tem a ver com as discussões acerca da PEC dos Precatórios, em votação no Senado”, prossegue. Segundo ela, o mercado já precificou a mudança no teto de gastos, por isso, agora, a aprovação da PEC é vista de forma positiva.
O dólar opera em sólida queda. Este movimento de fortalecimento do real é reflexo das expectativas para a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, marcada para hoje.
Para a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, “existe grande expectativa com a votação dos precatórios, neste momento o mercado está precificando que podemos terminar este assunto e ir para o orçamento de 2022”. Abdelmalack acredita que o movimento do câmbio de hoje é impactado apenas por fatores domésticos: “O dólar está tão precificado que estranhamos quando ele cai assim”, observa.
Veja como estava o mercado por volta das 13h30 (de Brasília):
IBOVESPA: 103.716 pontos (+2,19%)
DÓLAR À VISTA: R$ 5,632 (-0,82%)
DÓLAR FUTURO (JAN): R$ 5,658 (-1,27%)
DI JAN 2022: 8,860% (+0,65%)
DI JAN 2023: 11,530% (-2,12%)
Pedro de Carvalho / Agência CMA
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