A Pré-Sal Petróleo (PPSA) habilitou as empresas CNODC, Petrobras, Petrogal e Totalenergies para participar da disputa da primeira etapa pelo lote de Búzios, o primeiro a ser ofertado no terceiro leilão que começou às 14h, na B3, para a comercialização de mais de 55 milhões de barris de petróleo de propriedade da União dos campos de Búzios, Sapinhoá e Tupi e da Área de Desenvolvimento de Mero.
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As companhias ofereceram as seguintes proposta de diferencial de ágio: a CNODC R$ 1 por metro cúbico (m/3), a Total R$ 0,35 por m/3 e a Petrobras R$ 0,01 por m/3. Em seguida, foram apresentadas propostas a viva voz, seguindo o valor da maior oferta.
As empresas Equinor e Repsol também estão habilitadas a participar do leilão, mas não participaram da concorrência pelo lote de Búzios.
Já a disputa pelo bloco Sapinhoá teve a participação da Total e Petrobras, que apresentaram propostas de ágio de R$ 0,35 e R$ 0,01 por m/3, seguidas por ofertas das empresas a viva voz, seguindo o valor da maior proposta.
Os lotes Tupi e Mero tiveram a participação de Total e Petrobras, com propostas iniciais de ágio de R$ 0,35 e R$ 0,01 por m/3, no primeiro, e Petrobras, Total e CNODC, no segundo, seguidas por lances a viva voz.
DINÂMICA DO LEILÃO
Embora o edital permitisse a realização de consórcio, todas se habilitaram como proponentes individuais. Todas as seis empresas habilitadas já atuam no pré-sal e, com exceção da Petrogal, operam ou participam de consórcio em um dos quatro campos cuja parcela de óleo da União será leiloada, disse a PPSA, em nota, informando que elas atenderam todos os requisitos do edital e tiveram sua documentação de habilitação aprovada pela comissão do leilão.
Serão leiloadas as cargas de Búzios, Sapinhoá, Tupi e Mero, nessa ordem. Para cada área serão oferecidos contratos cujos prazos podem variar de 24, 36 ou até 60 meses. A maior carga a ser comercializada é da Área de Desenvolvimento de Mero – 43,4 milhões de barris para um contrato de 36 meses, explicou a PPSA.
O leilão poderá ocorrer em até três fases. Na primeira etapa, cada área será oferecida por contrato de maior prazo. Cada proponente entregará sua proposta escrita, tendo como base o Preço de Referência (PR) fixado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) para o respectivo petróleo. Se houver mais de um proponente, terá início o leilão a viva voz. Vencerá a empresa que oferecer o maior ágio.
Caso não haja proponente para o contrato de maior prazo, será realizada uma nova fase, com a reabertura do referido lote para contrato de menor prazo. Da mesma forma, vencerá quem ofertar o maior ágio sobre o PR, podendo ou não ter etapa a viva voz.
Se mesmo assim o lote não for comercializado, terá início a fase da Repescagem. O lote será reapresentado pelo menor prazo e o vencedor será aquele que oferecer a menor oferta de deságio em relação ao PR. Da mesma forma que na fase anterior, se houver mais de um proponente, terá início o leilão a viva voz. A Pré-Sal Petróleo poderá aceitar ou não a oferta.
Cynara Escobar / Agência CMA
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