O dólar comercial fechou em R$ 5,5650, com queda de 0,53%. Este movimento reflete uma rota de correção do real mais do que propriamente de enfraquecimento do dólar. A baixa liquidez ocasionada pelo feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos também refletiu nos mercados.
Segundo fonte ouvida pela CMA, “a leitura aqui é positiva, está ocorrendo um movimento de correção, com os exageros dos dados das últimas semanas. A alta das commodities, em especial do minério de ferro, também ajuda o real”.
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A fonte, contudo, não acredita que seja algo duradouro: “Acho um movimento temporário, mas temos que aguardar. Por mais que tenham havido exageros, a inflação e a parte fiscal ainda preocupam”, pondera.
Para o economista-chefe do Banco Alfa, Luis Otavio Leal, “a alta do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) reforça, junto com o discurso do (presidente do Banco Central, BC, Roberto) Campos Neto, que o BC irá manter o ritmo de aumento da Selic em 1,5 ponto percentual”.
Leal ressalta, porém, que os problemas fiscais não devem acabar tão cedo: “Assim que resolver a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos
Precatórios, vai voltar a questão do orçamento de 2022. Lembrando que no próximo teremos eleições”. O economista observa que estes pontos ainda podem gerar volatilidade.
De acordo com a equipe de analistas da Ouro Preto, “aparentemente o dólar está seguindo o movimento global (index caindo cerca de 0,20%)”.
Apesar dos dados de inflação medido pelo IPCA-15 não tenham sido bons, o mercado não ficou estressado porque veio levemente acima das expectativas”, pontua a Ouro Preto.
Embora os dados sejam ruins, a Ouro Preto acredita que isso pode impactar o aumento da Selic (taxa básica de juros), a ser divulgado em dezembro: “O mercado estava monitorando isso de perto porque pode ser um sinalizador do que o Comitê de Política Monetária (Copom) pode fazer na próxima reunião”, projeta.
Paulo Holland / Agência CMA
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