O dólar comercial fechou em R$ 5,4910, com queda de 0,92%. A sessão de hoje foi majoritariamente pautada pela tensão que envolve a votação da PEC dos Precatórios, com o governo lutando para conseguir encaixar os auxílios sociais no orçamento de 2022.
Para o chefe da mesa de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem, “independente do resultado, o mercado não está confortável com a quebra do teto. O Auxílio Brasil poderia ter sido menor. Todos nós saímos perdendo”.
Nagem acredita que a melhora no câmbio será pontual: “Houve uma quebra de regra com o jogo em andamento, e isso coíbe a entrada de moeda estrangeira.
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Temos diversas dúvidas para 2022″, diz pessimista. De acordo com as projeções da Terra, o câmbio deve fechar o ano entre R$ 5,70 e R$ 5,80.
Segundo o sócio da Top Gain, Leonardo Santana, “este movimento se deve à PEC, deixando o mercado otimista. A jornada até a aprovação final, porém, ainda é longa”.
Santana, porém, acredita que isso é algo momentâneo: “Esse otimismo é pontual, efêmero, pois assim que isso terminar vamos voltar a falar sobre o teto fiscal, inflação e juros”, constata. O executivo acredita, contudo, que este clima positivo ainda perdure até o final da semana.
De acordo com o economista-chefe do Banco Alfa, Luis Otavio Leal, “o que vai determinar o desenrolar do dia são os Precatórios. A Pec é ruim, mas das opções disponíveis é a melhor. Decretar o estado de calamidade faria um rombo muito maior no teto fiscal”.
Leal considera que as notícias vindas de Brasília ajudam: “As informações e expectativas são para a aprovação da PEC em segundo turno, a abertura tem esta perspectiva, que vai ditar o ritmo do dia”, salienta o economista.
Paulo Holland / Agência CMA
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