Em um dia de agenda esvaziada por aqui, os investidores repercutem o relatório de emprego nos Estados Unidos (payroll, sigla em inglês)-criação de 531 mil vagas em outubro e seguem com foco à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios com votação marcada para próxima terça-feira (9), em segundo turno. O mercado acompanha os balanços corporativos e repercute os resultados da véspera, como do Bradesco.
Outro fator de atenção é em relação à China com a crise do setor imobiliário e a pressão nas ações o temor da desaceleração do crescimento.
Às 9h50 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em dezembro subia 1,17%, aos 105.275 pontos. Os futuros norte-americanos e as bolsas europeias tinham ganho. Na Ásia, os índices fecharam em baixa.
A economista Ariane Benedito, da CM Capital, acredita que a Bolsa deve abrir em alta após um cenário político por aqui mais tranquilo e “com a ausência de indicadores domésticos, o mercado se volta para o payroll, que deve ditar o ritmo do mercado”.
Já os analistas da Ajax Capital comentaram em seu relatório que a PEC dos precatórios pode seguir influenciando na recuperação da Bolsa e hoje apresentar um pregão mais fraco. “Há riscos de alguns deputados fora da base -PDT, PSB e PSDB- retirarem o apoio e as resistências do Senado em aprovar o texto deixam o quadro fiscal com pouca visibilidade”.
Para Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos, a preocupação com o setor imobiliário na China e o impacto no crescimento futuro do país podem afetar as commodities. “O JP Morgan revisou o crescimento para a China de 5% para 4% e isso não é bom para as comodities e aço. A gente vai sofrer com essa questão no curto prazo com pressão nos preços das commodities”.
Soraia Budaibes / Agência CMA
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