Mesmo após apresentar sólidos resultados no acumulado do ano, o Nu está posicionado para receber impulsos significativos através do aumento no empréstimo de folha de pagamento e da exploração do segmento de alta renda no Brasil. Adicionalmente, a expansão planejada para o México também figura como um fator de crescimento, segundo o análise do Goldman Sachs, um respeitado banco de investimentos. A instituição financeira recomenda a compra das ações da Nu, projetando um preço-alvo de US$ 11,00 para os próximos 12 meses, o que representa um notável potencial de valorização de 55,6% em comparação ao valor do papel no fechamento da última sessão.
Uma análise mais aprofundada revela que o Banco Goldman Sachs está focando particularmente no recurso de financiamento PIX associado aos cartões de crédito da Nu. Esse recurso é considerado uma peça-chave que poderá impulsionar o crescimento da carteira de empréstimos da fintech. O destaque está na ampla participação de mercado da Nu em volumes de transações PIX, o que oferece uma base sólida para potencial expansão.
Apesar dos resultados sólidos do segundo trimestre, a ação da fintech brasileira, listada na bolsa de Nova York, sofreu uma queda de 11%. Esse declínio é explicado, de acordo com o Goldman Sachs, por altas expectativas dos investidores para o trimestre, bem como notícias relacionadas à venda de ações pelo CEO da empresa. Vale ressaltar, entretanto, que no acumulado do ano, as ações ainda registram um impressionante aumento de 74%, comparado a um modesto crescimento de 13% no MSCI LatAm. O Goldman observa que os fundamentos robustos, a melhora na lucratividade e uma valorização atrativa continuam a respaldar o desempenho das ações da Nu.
“No entanto, as ações ainda sobem 74% no ano até o momento, contra 13% para MSCI LatAm, com fortes fundamentos, melhorando a lucrativídade e a valorização relativamente atraente, dada a sua perspectiva de crescimento acima da média. De fato, as ações estão sendo negociadas em 18,5 vezes o múltiplo P/E esperado para 2024, com crescimento esperado de 75% em 2025. Também continuamos a ver riscos ascendentes significativos para as estimativas de consenso”, comentou o banco.
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