A dívida pública mobiliária (aquela que é em reais) do Brasil teve alta de 1,24% em julho na comparação com o mês anterior, para R$ 5,395 trilhões. O montante ainda está aquém do intervalo definido no Plano Anual de Financiamento (PAF), que vai de R$ 5,5 trilhões e R$ 5,8 trilhões, segundo dados do Tesouro Nacional.
Em julho, a dívida mobiliária interna teve alta de 1,02%, para R$ 5,155 trilhões, correspondendo a 95,54% do estoque total. A dívida externa em títulos aumentou 6,26%, para R$ 240,87 bilhões (US$ 47,03 bilhões), sendo R$ 208,12 bilhões (US$ 40,64 bilhões) referentes à dívida mobiliária e R$ 32,75 bilhões (US$ 6,40 bilhões) relativos à dívida contratual.
Do total da dívida mobiliária, 22,72% tem vencimento nos próximos 12 meses – porcentual mais alto que o observado em junho, de 22,48%. Neste grupo, a parcela de títulos da dívida interna com vencimento em 12 meses aumentou de 23,18% para 23,48%, sendo mais da metade deles (52,25%) prefixados, seguidos pelos títulos atrelados a taxa flutuante (40,65%).
No caso da dívida externa, houve redução no percentual com vencimento em 12 meses de 6,70%, em junho para 6,43% em julho.
O prazo médio do estoque da dívida mobiliária federal aumentou de 3,73 para 3,77 anos em julho. Na dívida interna, o aumentou foi de 3,54 para 3,57 anos, enquanto na externa o prazo médio cresceu de 7,89 para 8,06 anos.
Em julho, as emissões de dívida pública corresponderam a R$ 142,44 bilhões, enquanto os resgates alcançaram R$ 118,08 bilhões, resultando em emissão líquida de R$ 24,37 bilhões. Deste total, R$ 16,14 bilhões foram referentes à emissão líquida de dívida interna e R$ 8,23 bilhões à emissão líquida de dívida externa.
Gustavo Nicoletta / Agência CMA (g.nicoletta@cma.com.br)
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