O BTG Pactual avaliou, em relatório divulgado hoje, que o momento do mercado de alimentos é de crescimento devido as margens permanecerem saudáveis com a robusta demanda de exportação da China, escassez de oferta global e forte impulso dos Estados Unidos.
Para os analistas do banco, a JBS se destaca como o maior player diversificado de proteína animal. Eles destacam o forte impulso nas operações da empresa nos Estados Unidos e mantém a classificação de compra das ações.
Em relação à Minerva, o BTG destaca a atuação no mercado de exportação bovina, em que empresa conseguiu sustentar uma margem ebitda entre 8% e 9% na América do Sul, apesar do ciclo de queda do gado e investimentos menos agressivos que visam avenidas de crescimento específicas, mantendo a geração do fluxo de caixa livre como prioridade.
Na Marfrig, os analistas apontam que as operações nos Estados Unidos geraram desalavancagem impressionante, mas que investimentos agressivos levantam dúvidas sobre os próximos passos da empresa.
“Após vários trimestres recordes, a Marfrig atingiu uma alavancagem líquida surpreendente abaixo de 2x (impulsionada por vários desinvestimentos e fortes resultados de carne bovina nos Estados Unidos), uma realização surpreendente considerando a gestão de capital anteriormente agressiva da empresa. Embora as margens em declínio nos EUA (normalização sob demanda) e margens mais fracas no Brasil (controle abaixo de 4%) devam aumentar a alavancagem (mas ainda em níveis controláveis parece ter espaço para lidar com um ciclo de baixa”, disseram.
Por último, o BTG vê a BRF como a empresa mais impactada pelo ambiente desafiador, ao enfrentar um ciclo de aves em meio à alta nos custos dos grãos.
“Apesar de sua forte execução e diversificação, a empresa enfrenta um cenário competitivo mais difícil e indicadores de balanço patrimonial mais pressionados, juntamente com seu plano de investimentos cada vez maior”,
finalizou o BTG.
Bruno Soares / Agência CMA
Copyright 2021 – Grupo CMA
Imagem: BTG Pactual