A Lenovo, empresa fundada em Pequim, prevê mudanças para o setor de computadores, incorporando Inteligência Artificial nos equipamentos da companhia.
Clique aqui para assinar a Newsletter gratuita sobre Inteligência Artificial no Mercado Financeiro.
“Será um conceito completamente novo de como usar o computador, que, preliminarmente, estamos chamando de ‘PC IA’ (computador pessoal de inteligência artificial, em tradução livre)”, disse Luca Rossi, presidente mundial da Lenovo IDG – braço de PCs, tablets e celulares da empresa chinesa.
Com processadores substancialmente mais potentes em comparação aos atuais, esses dispositivos terão a capacidade de executar até 40 trilhões de operações por segundo, viabilizando a realização de tarefas atualmente consideradas impensáveis. “Vinte anos atrás tivemos a revolução do Wi-Fi. A mudança que está por vir será no mínimo tão grande quanto naquela época, se não for maior”, mencionou o executivo.
A Lenovo não é a única empresa que está adotando inteligência artificial. Mesmo empresas de componentes e sistemas, como Intel, AMD, Qualcomm, Microsoft e Nvidia estão incorporando o recurso. Porém, a Lenovo não quis dar mais informações sobre as mudanças nos computadores. “Não posso dar detalhes porque a maior parte de dessas tecnologias está sob acordos de confidencialidade”, declara o executivo.
A formulação do conceito de “PC IA” decorre do aumento dos aportes financeiros realizados pelos principais conglomerados tecnológicos em atividades de pesquisa e desenvolvimento. A Lenovo tem a intenção de duplicar seus investimentos globais em P&D em um período de três anos, enquanto recruta 12 mil profissionais especializados nesse mesmo intervalo, conforme anunciado pelo grupo no ano passado. No decorrer de cinco anos, o plano é direcionar um montante de US$ 15,7 bilhões para esse setor.
O conceito de ‘PC IA’ terá a capacidade de executar os vastos modelos de linguagem gerativa de IA, cruciais para o desempenho dos chatbots, diretamente a partir da própria máquina. “Inovação é nossa prioridade número um”, anuncia Rossi.
Atualmente, os modelos de linguagem extensos da IA generativa atualmente operam na nuvem, o que oferece vantagens, mas suscita duas preocupações: a primeira reside na proteção dos dados. Para incorporar as capacidades da IA generativa em seus empreendimentos, as organizações necessitam transferir quantidades crescentes de informações sensíveis para a nuvem, tais como registros de clientes e detalhes sobre os padrões de consumo. Isso gera inquietações acerca da preservação da privacidade dos dados e dos possíveis riscos de exposição.
Clique aqui para assinar a Newsletter gratuita sobre Inteligência Artificial no Mercado Financeiro.
A próxima geração de computadores oferecerá ao usuário maior autonomia na determinação do que deve ser transmitido através da rede, explica o executivo. “Talvez você queira mandar um desenho para a nuvem, mas manter sua conta bancária fora dela”, completa o executivo.
Imagem: Divulgação