A Petrobras reiterou a sua política de preços de combustíveis atual, afirmando que segue analisando diariamente os preços internacionais do petróleo, mas que procura ser cautelosa nos repasses para o mercado interno, procurando evitar repassar o excesso de volatilidade dos preços do mercado internacional.
A estatal também afirmou que não vê necessidade de ter uma periodicidade marcada para reajustar preços e que está contribuindo para discussões de um possível fundo de estabilização de preços.
“Nosso posicionamento de preços busca evitar repassar imediatamente preços para o mercado interno. Claro que seguimos a cotação internacional, buscamos acompanhar não só a cotação como o câmbio, analisamos diariamente buscando perceber se há evolução conjuntural ou estrutural, isso nos deixa à vontade para fazer ajustes sem periodicidade”, afirmou o diretor executivo de comercialização e logística da Petrobras, Cláudio Mastella, em videoconferência de resultados com analistas.
Segundo Mastella, no segundo trimestre, houve menos reajustes de preços em função do fato de muitas vezes os preços do petróleo e do câmbio estarem em sentidos opostos, diferentemente do que aconteceu no primeiro trimestre, quando houve maior elevação de preços e da taxa de câmbio, o que levou a ajustes mais frequentes.
Embora muitos analistas afirmem que há uma defasagem dos preços no exterior em relação aos praticados pela Petrobras, o diretor disse que acredita que a política atual está na direção correta, sem deixar de levar em conta a paridade internacional e o aumento da importação de combustíveis, mas sem deixar de considerar o impacto social de aumentos para a população.
Questionado sobre o possível fundo de estabilização de preços de combustíveis que está sendo avaliado pelo governo, o diretor ainda disse que participam das discussões com a visão já explicada. “Contribuímos sim nas discussões no âmbito do Ministério de Minas e Energia quanto a eventuais programas como um fundo de estabilização de preços”, disse, sem dar mais detalhes sobre o andamento da questão.
Danielle Fonseca / Agência CMA
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