O Ibovespa retoma trajetória de queda no primeiro pregão desta semana, reflexo da prudência dos investidores devido à situação na China e à expectativa em torno do discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, durante o Simpósio de Jackson Hole, na próxima sexta-feira.
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A China recentemente reduziu suas taxas de juros, porém, o movimento não foi suficiente para estimular sua economia, gerando apreensão no mercado. Além disso, os investidores aguardam com ansiedade as palavras de Powell, que poderão indicar se mais aumentos nos juros dos Estados Unidos ocorrerão ainda este ano.
Investidores reduzem exposição aos títulos dos EUA devido a incertezas políticas
Essa incerteza tem gerado uma retração na exposição aos títulos dos EUA, resultando em um aumento nas taxas projetadas das T-notes. A taxa de 10 anos, em particular, atingiu hoje seu nível mais alto desde 2007, impulsionada por esse movimento. Como consequência, o dólar voltou a subir, com uma elevação mais acentuada no mercado brasileiro em comparação ao exterior.
O cenário político também influencia esse panorama. As dúvidas em relação às pautas de ajuste fiscal no Congresso brasileiro têm adicionado suporte ao dólar nos mercados nacionais, exercendo pressão adicional sobre o Ibovespa. A combinação desses fatores – força do dólar, incertezas políticas e movimento dos Treasuries – contribui para o aumento das taxas de Depósito Interfinanceiro.
Por volta das 12h59, o Ibovespa registrava uma queda de 0,86%, situando-se em 114.419,94 pontos. Simultaneamente, o dólar à vista apresentava um avanço de 0,45%, atingindo o valor de R$ 4,9904. No mercado de renda fixa, o DI para janeiro de 2025 operava a 10,585%, indicando uma alta em relação ao valor anterior de 10,518%.
Imagem: Piqsels