As denúncias do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), de que haveria um esquema de corrupção para a compra da Covaxin (vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech e que seria distribuída no Brasil pela Precisa) são “gravíssimas”, disse o senador Omar Aziz (PSD-AM), que preside a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga erros e omissões do governo no combate à pandemia. Miranda será ouvido pelo colegiado na sexta-feira.
Mais cedo, o deputado disse à CNN que seu irmão, funcionário do Ministério da Saúde, foi pressionado a aprovar a compra da Covaxin mesmo havendo irregularidades na transação – ele teria sido cobrado a agilizar a assinatura de uma nota fiscal fraudulenta em 19 de março. Miranda disse que contou ao presidente Jair Bolsonaro sobre o caso no dia seguinte, apresentando evidências das irregularidades, e que o presidente se comprometeu a acionar a Polícia Federal.
Em entrevista a jornalistas, o senador Omar Aziz disse que Miranda procurou a CPI ontem e contou que o irmão, que é funcionário público concursado há cerca de 10 anos, “foi pressionado”. “Se tudo aquilo que ele está falando for verdade, ou parte for verdade, são gravíssimas as acusações”, disse Aziz.
“Ele procurou o presidente, levou ao presidente documentos, presidente disse que ia encaminhar à Polícia Federal. Acabei de pedir ao delegado da Polícia Federal que trabalha com a gente para saber se houve inquérito para investigar a Covaxin.”
Gustavo Nicoletta / Agência CMA (g.nicoletta@cma.com.br)
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