O Brasil despencou no ranking da ONU dos países que mais receberam recursos externos em 2020 devido à postura do país quanto ao combate a pandemia do coronavírus e as incertezas sobre os destinos econômicos e políticos do país.
De acordo com a ONU, os novos níveis de investimentos no Brasil são equivalentes ao que se registrou há 20 anos.
Em 2019, antes da pandemia, o Brasil ocupava a sexta posição no ranking das Nações Unidas mas, segundo a própria ONU, a falta de medidas sociais de controle do vírus e o impacto econômico fez com que o país terminasse 2020 em 11º, perdendo a liderança na América Latina para o México e sendo superado pela Suécia, Alemanha, Índia e Luxemburgo.
Em 2012, o Brasil chegou a ser apontado pela Unctad (Conferência da ONU para o Comércio e o Desenvolvimento) como o terceiro país mais citado por multinacionais como destino preferido de investimentos e, a partir de 2010, a economia nacional variou entre a quarta e quinta maior receptora de investimentos do mundo.
A projeção da organização para o país em 2021 e 2022 é de que a incerteza política e a crise sanitária podem perpetuar um baixo nível de investimentos, podendo registrar uma variação entre -5% e +5% no fluxo ao país.
Em 2020, o Brasil recebeu US$ 24,8 bilhões em investimentos diretos, contra US$ 65 bilhões que haviam sido registrados em 2019, registrando uma queda de 62% segundo os dados publicados pela Unctad nesta segunda-feira (21).
O ranking da ONU é liderado pelos EUA, seguido por China, Hong Kong, Cingapura e Índia. Tanto Pequim como Nova Déli registraram uma alta no fluxo de investimentos nesse período.
*Imagem em destaque: Anderson Riedel/PR