Dias depois de o Brasil atingir a marca de 500 mil mortos pela covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o país “adotará uma política de testagem em massa da população”.
Em audiência no Senado, o ministro afirmou que o objetivo será submeter 20 milhões de pessoas por mês às análises para melhorar o isolamento dos contaminados e evitar a disseminação da doença.
Ele afirmou que até agora o Brasil “testou pouco” a população para detectar a presença da doença e por isso ficou sem políticas apropriadas de isolamento dos casos positivos e daqueles que tiveram contato com os infectados.
“A tecnologia hoje nos permite testes rápidos de antígeno. O Ministério da Saúde já aprovou no Conass e Conasems uma política para testagem com dois pilares. O primeiro são testes na atenção primária, dedicados aos pacientes sintomáticos, que devem fazer nas Unidades Básicas de Saúde o teste rápido de antígeno”, disse Queiroga. Aqueles cujo teste der positivo devem ser isolados, assim como as pessoas com quem tiveram contato.
Para os assintomáticos, os testes devem ser feitos em ambientes de grande circulação – a exemplo do metrô, grandes rodoviárias e aeroportos, disse Queiroga. “É fundamental que tenhamos parceira da iniciativa privada, testando funcionários para que casos positivos sejam afastados e consigamos conciliar o combate à pandemia com o retorno sustentado das atividades econômicas”, afirmou o ministro.
“Distribuímos 3 milhões de testes rápidos de antígenos e o Ministério da Saúde tem tratativa avançada para aquisição de mais 10 milhões destes testes rápidos para num primeiro momento serem distribuídos a estados e municípios. O objetivo é testar 20 milhões de brasileiros todos os meses, sendo 1,8 mi testes na atenção primária e os outros no setor público”, disse Queiroga.
Com informações da Agência CMA
Imagem: Alan Santos/PR