A mediana das projeções dos membros do Federal Reserve para a taxa básica de juros do país indica que as autoridades pretendem manter os juros inalterados este ano e no próximo, e elevá-los duas vezes em 2023.
A mediana das projeções para os juros este ano e no próximo ficou inalterada em 0,1%, mesma estimativa feita em março.
Para 2023, o comitê de política monetária passou a esperar juro básico em 0,6%, o que representa um avanço em comparação com a projeção anterior de 0,1%, e sugerindo que, naquele ano, as autoridades do Fed esperam dois aumentos de 0,25 ponto porcentual (pp) nas taxas. No longo prazo, a estimativa ficou inalterada em 2,5%.
GRÁFICO DE PONTOS
Já o chamado “gráfico de pontos”, uma compilação das projeções de cada membro do Fomc para a taxa de juros, mostra que todos os 17 membros do comitê preveem manutenção dos juros em 2021, e que mais integrantes esperam altas nos próximos dois anos.
Para 2021, todos os membros preveem que os juros fiquem no intervalo entre zero e 0,25%, sem alterações com relação ao patamar atual e confirmando a divulgação anterior do gráfico, em março.
Por sua vez, para 2022, 11 membros do Fomc esperam que os juros permaneçam no intervalo atual, enquanto cinco preveem que a taxa estará entre 0,25% e 0,50%, e dois projetam juros acima de 0,5%.
Na divulgação anterior do gráfico, em março, 14 autoridades esperavam juros na faixa atual para o ano que vem, três previam que a taxa estará no intervalo entre 0,25% e 0,5% e um estimou juro acima de 0,5%.
Para 2023, cinco membros esperam manutenção no juros, dois prevêem uma alta de 0,25 pp, três esperam duas altas e três integrantes do Fomc estimam três altas, com a taxa básica de juros no intervalo entre 0,75% e 1,0%. Outros três membros esperam a taxa em entre 1,0% e 1,25% e dois acima de 1,5%.
Na divulgação anterior do gráfico, 11 autoridades esperavam juros na faixa atual em 2023, um previa uma alta, um previa duas e três esperavam juro na faixa entre 0,75% e 1,0%. Outros dois integrantes do Fomc previam a taxa acima de 1,0%.
No longo prazo, todos os membros esperam juro acima de 2%, assim como nas projeções de março.
Cristiana Euclydes / Agência CMA
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