A avaliação negativa do governo do presidente Jair Bolsonaro cresceu pela nono mês consecutivo em maio e atingiu 50%, de 49% no mês anterior, segundo pesquisa da XP e da Ipespe. Quando a avaliação negativa começou a subir, em outubro do ano passado, a taxa era de 31%.
O índice de 50% inclui os pesquisados que consideram o governo ruim ou péssimo, e já havia sido registrado anteriormente em maio de 2020, considerando apenas o governo Bolsonaro. O ex-presidente Michel Temer terminou o mandato com uma avaliação pior – de 68%. Bolsonaro, porém, chegou a ter uma avaliação negativa de 17% no início de mandato – em fevereiro de 2019.
Segundo a pesquisa, a parcela de entrevistados que considera o governo Bolsonaro ótimo ou bom caiu de 29% para 26% entre maio e junho deste ano, enquanto os que consideram o governo regular passaram de 20% para 22%.
A piora na avaliação do governo aconteceu a despeito da melhora na percepção dos entrevistados a respeito dos rumos da economia – subiu de 26% para 29% o grupo dos que consideram que ela está no caminho certo, e caiu de 63% para 60% os que consideram que o Brasil está no caminho errado nesta área. Além disso, caiu de 50% para 45% os que dizem estar com muito medo do surto de coronavírus.
“Esta é a primeira vez em que há um descolamento desses dois indicadores em relação à avaliação do presidente, que tinham tendências coincidentes até então”, disseram a XP e a Ipespe em nota.
A pesquisa mostrou também que o percentual de entrevistados que desaprovam a forma como Bolsonaro governa o país aumentou 2 pontos porcentuais (pp) em junho ante maio, para 60%, enquanto os que aprovam caiu em 1 pp, para 34%.
A expectativa dos entrevistados para o próximo ano e meio de mandato do presidente Jair Bolsonaro é ruim ou péssimo para 47% (+3 pp), ótimo ou bom para 29% (-2 pp) e regular para 19% (-2 pp).
Foram realizadas 1.000 entrevistas, de abrangência nacional, nos dias 7, 8, 9 e 10 de junho. A margem de erro é de 3,2 pp.
Gustavo Nicoletta / Agência CMA (g.nicoletta@cma.com.br)
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