Em meio a uma disputa pelos escritórios de investimento de agentes autônomos entre o BTG e a XP, o banco de André Esteves superou o concorrente na Bolsa de Valores.
Em maio, mês marcado pela troca que alguns escrítorios da XP pelo BTG, os papéis do BTG negociados na B3 subiram 13%, enquanto os da XP, que são listados na Nasdaq (EUA), ficaram no zero a zero.
Segundo os dados da Economatica, o BTG passou a valer mais que a XP — em dólares — algo que não acontecia desde dezembro de 2019.
De acordo com a publicação do jornal Estadão, o analista da Guide, Henrique Esteter, afirmou que a expectativa do mercado para o crescimento do BTG aumentou e esse otimismo levou a ação a subir com o anúncio de que o banco irá captar até R$ 3 bilhões em uma nova oferta de ações.
Apesar do intusiasmo do BTG, a XP continua sendo um forte rival e, em um relatório da Credit Suisse, o banco suíço de investimento ponderou que, mesmo em um cenário de maior concorrência, a XP tende a aumentar em 31% ao ano o volume de ativos sob custódia, em 2021 e em 2022, ante um crescimento de 10% do mercado.
Os analistas do Credit, Marcelo Telles e Alonso Garcia, afirmaram ao Estadão que a redução da rede de agências por bancos tem causado uma migração de investimentos para os agentes autônomos e, exatamente por isso, a competição por agentes é decisiva. “O horizonte de médio prazo (da XP) continua muito mais incerto, dado que o BTG continua a ‘cutucar’ a base de agentes de investimento da XP (o que pode reduzir o crescimento futuro)”, afirmaram.
Troca de escritórios de agentes autônomos
O mês de maio foi marcado pela disputa entre o BTG e a XP pelos escritórios de agêntes autônomos.
Dois grandes escritórios decidiram trocar a XP pelo BTG: a Wise, com cerca de R$ 3 bilhões sob custódia e 150 assessores, e a Acqua Vero, com mais de R$ 8 bilhões sob custódia, 250 assessores e mais de 19 mil clientes.
*Imagem em destaque: Reprodução/Linkedin BTG