A Hypera Pharma reiterou suas projeções para o ano anunciadas no início do mês e disse que usará a forte geração de caixa para financiar o crescimento de 15% estimado para 2021 e em pagamento de dividendos.
“As oportunidades de aquisições também estão no radar da empresa, com foco em start-ups com crescimento no mercado brasileiro e multinacionais que estejam saindo do Brasil, no segmentos de cuidado prímário e OTC. A empresa também quer crescer organicamente com o lançamento de novas linhas de produtos, como em estereis, que terá a nova fábrica inaugurada no primeiro trimestre de 2022”, disse Breno de Oliveira, diretor presidente da companhia, em teleconferência para investidores.
A companhia também anunciou a projeção de desalavancagem (relação entre a dívida líquida e ebitda) inferior a 2 vezes e de atingir uma margem ebitda de 33% a 34% em 2021. No primeiro trimestre, a margem ebitda das operações continuadas subiu 4,0 pontos percentuais, para 30,9%.
A companhia também está negociando com fornecedores para reduzir o período de recebimento dos produtos de 110 dias para 100 dias até o final do ano.
“O sell-in (receita líquida, que mede a venda para o varejo) cresceu mais que o sell-out (venda do varejo para o consumidor final) nesse trimestre, mas estamos acompanhando os estoques. No médio prazo, esses crescimentos tem que se aproximar e esse é o nosso objetivo para o ano de 2021”, acrescentou.
A receita líquida cresceu 43,7% no primeiro trimestre, enquanto o sell-out cresceu 11,5%, em base de comparação anual.
A companhia também informou o patrocínio de cinco anos para anúncio de sua marca Vitaminas Neoquímica na camisa do Corinthians, adicionalmente ao contrato de ‘naming rights’ Arena NeoQuímica ao estádio do time em São Paulo (SP). O valor não foi informado na teleconferência.
Segundo o executivo, a produção da Takeda deve levar de três a cinco anos para ser transferida para a Hypera, mas as sinergias já devem começar a ser percebidas nos resultados a partir do segundo trimestre.
No primeiro trimestre, o fluxo de caixa operacional da empresa cresceu 67,4% no trimestre, quando excluído o montante de R$135,0 milhões registrado no intervalo para formação do capital de giro do portfólio de medicamentos adquirido da Takeda.
Já a geração livre de caixa foi negativa em R$ 3,4 bilhões, ante geração livre de caixa positiva de R$ 32,5 milhões no primeiro trimestre de 2020, principalmente pelo pagamento da aquisição do portfólio de medicamentos da Takeda, líquido da venda do portfólio ex-Brasil e da marca Xantinon, no valor de R$3,3 bilhões.
PROJEÇÕES
Em 9 de abril, a Hypera Pharma anunciou a projeção de ter uma receita líquida de R$ 5,9 bilhões neste ano, ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado das operações continuas em R$ 2 bilhões e um lucro líquido das operações continuadas de até R$ 1,550 bilhão.
“Essas projeções se baseiam na análise do cenário macroeconômico e na dinâmica dos mercados em que a Companhia atua. O ebitda ajustado das Operações Continuadas não considera “Outras Receitas Operacionais” e “Outras Despesas Operacionais”, disse a empresa, em nota.
Cynara Escobar / Agência CMA
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Imagem em destaque: Reprodução/Site Hypera Pharmas