Há exatamente um ano, o petróleo caiu 300% e ficou com preço negativo pela primeira vez na história.
Em abril de 2020, os preços do petróleo negociados em Nova York fecharam no negativo, com barris custando cerca de US$ 38 negativos.
O caso histórico aconteceu porque os EUA estavam com os estoques de petróleo cheios. A demanda caiu de tal forma durante a pandemia que os armazéns da indústria americana ficaram enchidos de barris, e sem espaço para comprar outros.
Com isso, quem tinha algum contrato entrega de mais petróleo em maio correu ao mercado para tentar trocar por contratos com outros vencimentos ou precisou se desfazer da obrigação de compra o petróleo. E foi ai que o mercado colapsou.
O Brasil sentiu o impacto e, naquele dia 21 de abril, o Ibovespa subiu e desceu várias vezes, mas terminou o pregão no empate.
Como era de se imaginar, a Petrobras também sentiu o abalo e as ações da estatal (PETR3 e PETR4) afundaram.
Um ano depois da grande queda do petróleo, a Petrobras viveu — e vive — uma verdadeira montanha-russa com seus papéis.
A intervenção de Jair Bolsonaro (sem partido) na presidência da estatal fez com que as ações da Petrobras tivessem uma perda história no mercado.
A troca do presidente da Petrobras anunciada pelo presidente brasileiro fez com que a petroleira perdesse mais de R$ 100 bilhões de valor no mercado. As ações ordinárias da empresa sofreram uma queda de 20,48%, sendo vendidas a R$ 21,55, e as ações preferenciais recuaram 21,51%, para R$ 21,45.
Nesta segunda-feira (20), a estatal foi uma das empresas que mais valorizaram na bolsa de valores brasileiras. A data foi marcada pela cerimônia de posse do novo presidente da Petrobras, o general Silva e Luna, que garantiu que vai respeitar a paridade internacional de preços e que a estatal vai atingir as metas conciliando os interesses dos acionistas e dos consumidores.
*Imagem em destaque: Marcello Casal Jr/Agência Brasil