O lucro líquido recorrente do Itaú Unibanco, que desconsidera itens com impacto pontual sobre o resultado, aumentou 13,9% no segundo trimestre de 2023, para R$ 8,74 bilhões.
O retorno sobre o patrimônio líquido (RoE, na sigla em inglês) médio do Itaú Unibanco considerando apenas as operações brasileiras ficaram estável, encolhendo apenas 0,1 ponto porcentual (pp) no segundo trimestre na comparação com anual, para 21,5%, enquanto o RoE, incluindo todas as operações, aumentou para 20,9%, acima dos 20,8% registrados no segundo trimestre de 2022.
Genial Investimentos
A Genial Investimentos disse que o banco reportou mais um trimestre de resultados consistentes, com rentabilidade bem acima de seus concorrentes privados (Santander e Bradesco), um robusto lucro líquido em linha com suas estimativas e consenso do mercado, e aumento da margem financeira (NII), atingindo R$ 26 bilhões, alta de 14,8% na comparação anual.
O Itaú revisou para baixo seu guidance de receita de serviços por conta de um início de ano fraco no banco de investimento, que já era esperado. Por outro lado, o banco diminuiu o guidance de alíquota efetiva de imposto. Segundo a corretor, as duas mudanças se anularam, não trazendo impacto relevante no lucro implícito do guidance.
“Nossa simulação continua apontando para um lucro de R$ 35,9 bilhões no meio do guidance, implicando em um crescimento de 16,7% em 2023, sem mudanças em relação ao antigo guidance. Seguimos confiantes com a nossa tese que o Itaú continuará entregar resultados consistentes com rentabilidade em torno de 20% no futuro próximo”, explicou a Genial, que manteve recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 35,80/ação.
XP Investimentos
Para a XP Investimentos, o principal destaque do banco em relação aos pares foi a qualidade do crédito. A inadimplência acima de 90 aumentou 0,1 pp e ficou em 3,5%, novamente abaixo da indústria (SFN). A carteira de crédito teve retração de 0,1% no trimestre, desacelerando seu crescimento anual para 6,2%. A Margem Financeira (NII) com o mercado teve uma boa recuperação com crescimento de 64% na comparação anual.
“O controle de custos ajudou, com índice de eficiência novamente abaixo de 40%. O guidance para o ano foi reafirmado nas principais linhas, com exceção da linha de receitas de prestação de serviços e seguros, que deve crescer entre 5% e 7% (vs. 5%-9% anteriormente). A alíquota de IR efetiva foi alterada para baixo e deve ficar entre 27% e 29%. Reiteramos a ação do Itaú Unibanco como nossa preferência no setor, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 34/ação”, explicou a XP.
Guide Investimentos
A Guide Investimentos destacou o alto controle de inadimplência, crescimento saudável da carteira, expansão da margem com clientes e melhor resultado com a tesouraria.
“O banco parece navegar em um cenário descolado do que estamos vendo nas realidades de Santander e Bradesco, algo que deve se estender por mais alguns trimestres, dada a trajetória apontada pelos guidances dos bancos privados. Nós reconhecemos que os pequenos ajustes no guidance e a manutenção do resultado projetado praticamente estável são sinais de alta entrega, levando em consideração a evolução do cenário desde o momento que as projeções foram traçadas no começo do ano. Assim sendo, mantemos nossa preferência por Itaú e Banco do Brasil dentre os grandes bancos em relação a Santander e Bradesco”, destacou a Guide.
Ativa Investimentos
A Ativa Investimentos disse que a qualidade dos indicadores é de invejar seus pares privados, com uma inadimplência controlada em 3% e um índice de cobertura em 212%.
Entre os pontos negativos, lembrou a Ativa, estão as receitas com serviços, contribuindo para uma redução do guidance relativo a essa linha. Contudo, o efeito é compensado por uma revisão baixista de alíquota de IR/CS, a qual contribui para o banco, em mais um ano desafiador, conseguir apresentar um ROE acima de 20%.
BTG Pactual
O BTG Pactual vê o crescimento reiterado dos empréstimos (7% superior na comparação anual) e a orientação do NII como notícias positivas, que, combinado com uma alta taxa de cobertura, deve ajudar a preparar o terreno para um bom começo até 2024.
Emerson Lopes / Agência CMA
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