O Ibovespa futuro abriu em forte queda em dia de mau humor global, refletindo os dados piores da balança comercial da China, agência de classificação de risco rebaixou nota de pequenos bancos norte-americanos, taxação de bancos italianos e os investidores absorvem a ata do Copom.
Na China, as importações registram queda de 12,4% em julho na base anual, mais forte que a estimativa de 5% e, em relação às exportações o recuo foi de 14,5%, enquanto se esperava 12,5%. Outro ponto no país asiático foi que a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou uma das maiores construtoras do país, a Country Garden foi rebaixada pela Moody, depois que a companhia disse que não pagou dois cupons em dólares que venciam em agosto.
Às 9h50 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em agosto caía 1,26%, aos 117.995 pontos. Os futuros norte-americanos e as bolsas europeias operavam em queda. Na Ásia, a maioria dos índices fechou em baixa.
Ariane Benedito, economista e RI da Esh Capital, disse que o cenário externo está refletindo aqui principalmente relacionado ao setor bancário. “A taxação dos bancos italianos e a preocupação se isso vai se estender para outras economias, somado a isso também teve a diminuição dos ratings de pequenos bancos americanos, e a balança comercial da China em que o mercado entendeu que a desaceleração da importação e a falta de estímulos seguram qualquer motivação positiva, por aqui a ata do Copom que não trouxe grandes mudanças, ela manteve o tom do comunicado e sem a movimentação de pautas importantes em Brasília traz mau humor interno.”
Segundo os analistas da Commcor Corretora, na ata do Copom divulgada esta manhã, o Comitê “defendeu que a evolução do cenário desde a reunião de junho permitiu que o colegiado acumulasse a confiança necessária para que o ciclo gradual de flexibilização monetárias”.