O conselho diretor da Superintendência de Seguros Privados (Susep) encerrou a fiscalização especial sobre o IRB Brasil Resseguros, que havia sido iniciada depois que a companhia mostrou insuficiência de ativos garantidores das provisões técnicas, em 11 de maio de 2020.
A empresa informou, em 18 de fevereiro deste ano, que, com base nas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2020, passou a atingir o enquadramento regulatório referente aos índices de liquidez e cobertura de provisões técnicas.
“O encerramento da Fiscalização Especial pela Susep representa um marco fundamental no processo de recuperação desta companhia”, disse a empresa por meio de fato relevante.
A fiscalização se encerra logo após uma troca na presidência da empresa. No início de março, Antônio Cássio dos Santos deixou o cargo de diretor presidente da companhia e ocupa agora apenas a posição de presidente do conselho de administração.
Só neste ano, os papéis IRBR3 já caíram cerca de 22%.
Em janeiro, a empresa registrou um lucro líquido de R$ 17,9 milhões. Em 2020, o prejuízo foi de R$ 1,52 bilhão.
De acordo com a companhia, os resultados apontam uma tendência de melhora ao longo do ano e que o declínio no exterior está em linha com a estratégia do IRB de focar em negócios, linhas e mercados que possam agregar valor.
Além da pandemia, o motivo da queda nas ações da empresa (ex-estatal) desde o início de 2020 é o envolvimento em um escândalo de corrupção. Acionistas tentaram até mesmo inflar o preço das ações, copiando o caso Gamestop, mas o preço não se sustentou.
O presidente do IRB prometeu que a companhia cancelaria contratos ruins e voltaria ao lucro em 2021. Ao menos no primeiro mês do ano, a promessa foi cumprida. O IRB Brasil Resseguros registrou lucro líquido de R$17,9 milhões, ante um prejuízo líquido em janeiro de 2020 de R$132,0 milhões.
Com informações da Agência CMA – Imagem: Reprodução/YouTube