O dólar comercial fechou em alta de 0,39%, cotado a R$ 4,8944. A moeda refletiu, ao longo da sessão, o temor de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) volte a apertar o ciclo contracionista para conter a inflação, enquanto no cenário doméstico, a projeção de novas quedas da Selic (taxa básica de juros) podem diminuir a entrada de capital no país.
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Segundo o sócio da Pronto! Invest Vanei Nagem, o aumento dos juros nos Estados Unidos e corte da Selic fazem o mercado se perguntar se o fluxo esrangeiro irá diminuir por aqui, fazendo com que o real perca força.
Para o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, “o exterior tem tom de cautela prevalecendo, em função das expectativas com os dados de inflação nos Estados Unidos que irão sair nesta semana”.
Rostagno entende que o mercado precifica uma Selic (taxa básica de juros) terminal mais reduzida que, aliada aos dados de inflação e IBC-Br que serão divulgados nesta semana, “tendem a pesar no humor do investidor. A perspectiva não é das mais favoráveis”.
De acordo com a Ajax Research, “lá fora, ações e juros na zona do euro estão em baixa, após o fraco dado da produção industrial alemã. Ao mesmo tempo, juros dos Treasury Bonds (títulos do Tesouro dos Estados Unidos) se elevam, o que favorece o dólar. Os ativos locais devem acompanhar exterior”.
A produção industrial da Alemanha, em junho, teve quedas de 1,5% no comparativo mensal e -1,7% no anual, abaixo das projeções de -1,5% e -0,2%, respectivamente.
Paulo Holland / Agência CMA
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