A Companhia Paranaense de Energia definiu a precificação da oferta pública de ações para a próxima terça-feira, dia 8 de agosto, e já alcançou uma demanda de mais de R$ 10 bilhões. A companhia, com foco no estado do Paraná, atua na geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, além de possuir investimentos em novas operações eólicas no Nordeste.
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A Copel estima vender de 549 milhões de ações por R$ 7,85, considerando a cotação no fechamento do pregão de 24 de julho. Dessa maneira, o montante total esperado para a oferta pública é de R$ 4,3 bilhões.
O valor total da oferta pode oscilar conforme a construção do livro de ofertas até a data final de lançamento. O procedimento engloba uma parcela primária, cuja finalidade é angariar recursos para a empresa, bem como uma secundária, em que o Governo do Paraná aliena ações, resultando assim na desvinculação do controle da companhia. Consequentemente, a empresa se transformará numa corporação, desprovida de um controlador específico.
A Copel concluiu a etapa derradeira do processo para a efetivação da privatização, com o Tribunal de Contas da União estipulando o valor de R$ 3,7 bilhões, determinado pelo Ministério de Minas e Energia e pelo Ministério da Fazenda, como o montante das outorgas de concessão de geração de energia elétrica das Usinas Hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias.
Ademais, do lote inicial, poderemos vislumbrar uma oferta suplementar que corresponde a até 15% do total inicialmente ofertado, ou seja, em até 82,4 milhões de ações.
A Levante Ideias de Investimentos destaca que o modelo de privatização da Copel assemelha-se ao da Eletrobras, em que o governo federal ainda retém aproximadamente 40% das ações com direito a voto da empresa, contudo, apenas tem o direito de votar com 10%, gerando debates no Supremo Tribunal Federal (STF). “No processo da Copel, é plausível que, em algum momento, a Copel migre para o Novo Mercado, para elidir situações de judicialização, como as que ocorrem na ELET3”, avalia a Levante.
Em julho, a pedido do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), acionista minoritário da companhia através do BNDESpar, fez com que a Copel retrocedesse em dois pontos do processo: a conversão de ações preferenciais classes A e B em ações ordinárias e a subsequente migração da companhia para o Novo Mercado da B3.
Cynara Escobar / Agência CMA
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