As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecham em forte queda, com mercado ainda digerindo a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), de cortar 0,50 p.p da Selic (taxa básica de juros), a primeira queda em três anos.
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Para o sócio da Quantzed, especialista em juros e renda fixa, Ricardo Jorge, já era esperado o ajuste hoje, “com mercado reprecificando quedas adicionais até o final de 2023 – e obviamente a continuidade das quedas para 2024.”
“Nos DIs mais curtos, agora, o ajuste representa uma queda bastante expressiva. Já era esperado, dado que esse ajuste é necessário de tal forma que o mercado contemple esse novo cenário de atuação do Copom até o final do ano”, explica. Nos vértices mais longos não houve tanto impacto, o ajuste ocorre nos vértices mais curtos, até 2026.
A economista-chefe do Banco Inter, acredita que se Copom cortou 50bp, isso indica que esse deve ser o ritmo dos próximos cortes. Na avaliação do comitê, diz, ela, trata-se de um ritmo que atende à demanda de “serenidade e moderação”. De fato, o patamar de juros estava bastante restritivo e 50 bps é moderado suficiente para o atual cenário.
Por volta das 15h35 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2024 tinha taxa de 12,450% de 12,625% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 10,480% de 10,675%, o DI para janeiro de 2026 ia a 9,945%, de 10,035%, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 10,070% de 10,075% na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta, cotado a R$ 4,8810 para a venda.
Camila Brunelli / Agência CMA
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