Os principais índices do mercado de ações asiáticos encerraram o pregão de quinta-feira majoritariamente em queda, sob o efeito do rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela agência Fitch.
“A economia global e o sistema financeiro estão mais dependentes da dívida do governo dos Estados Unidos do que nunca. O mercado do Tesouro agora responde por cerca de metade de todos os títulos ‘seguros’ do governo em circulação, ante cerca de um terço nas últimas décadas”, diz Jonas Goltermann, economista-chefe adjunto de mercados da Capital Economics.
Conta também a divulgação das leituras revisadas dos PMIs do setor de serviços de junho. Enquanto no Japão o índice caiu para 53,8 pontos, na China subiu para 54,1 pontos.
O único índice que fechou em alta foi o de Xangai, na China. No caso chinês, ainda que o setor de serviços esteja mais aquecido, os investidores preferem ter cautela. “Olhando para o futuro, o apoio político é necessário para evitar que a economia da China entre em recessão, até porque os ventos externos contrários parecem persistir por mais algum tempo”, dizem os analistas da Capital Economics.
O mercado prevê crescimento de 5% no PIB da China – o que é considerado abaixo das expectativas, para os padrões chineses. “Para aqueles para quem o crescimento do PIB é o único objetivo que vale a pena perseguir, isso soa nada menos que desastroso. Houve até alguns artigos na mídia questionando se a China está entrando em uma fase de estagnação semelhante à vivida pelo Japão na década de 1990. Isso foi estimulado pelos números da inflação do IPC chinês, que estão pairando em torno de zero”, afirma Robert Carnell, chefe de pesquisa da região da Ásia-Pacífico da ING.
Confira abaixo a variação e a pontuação de fechamento dos índices asiáticos:
Nikkei 225 (Tóquio): -1,68%, 32.159,28 pontos
Hang Seng (Hong Kong): -0,49%, 19.420,87 pontos
Xangai Composto (Xangai): +0,58%, 3.280,46 pontos
Kospi (Seul): -0,42%, 2.605,39 pontos