A Iguatemi divulgou ontem (1) o balanço do segundo trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 77,3 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 133,3 milhões registrados no mesmo período do ano passado. No semestre, o lucro líquido fechou em R$ 125,19 milhões, bem acima do prejuízo de R$ 150,63 milhões registrados no primeiro semestre de 2022.
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O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 195,5 milhões, alta de 17,3%% na comparação anual, e a margem Ebitda ajustada recuou 1,1 p.p., para 64,6%. Às 11h50, a ação da companhia recuava 0,31%, a R$ 22,35.
Genial Investimentos
Para a Genial Investimentos, a companhia apresentou números operacionais muito positivos, enquanto os números financeiros vieram levemente acima das expectativas, mas ainda a desejar.
A corretora relembrou que o IGP-M negativo nos últimos meses, acumulando um recuo de 7,7% nos últimos 12 meses, deve começar a ser sentido pela companhia em breve, implicando em reajustes nulos na média do portfólio.
“Contratualmente, boa parte da receita de aluguel da Iguatemi está atrelada ao IGP-M, mas dois pontos fazem com que os efeitos não sejam tão devastadores: em geral, não há reajuste negativo no contrato, caso aconteça o reajuste será 0 e os aniversários dos contratos espalhados ao longo do ano implicam em um efeito ainda positivo de IGP-M de 3,4%”, explicou a Genial, que recomenda a manutenção das ações, com preço-alvo de R$ 25.
XP Investimentos
A XP Investimentos destacou o crescimento robusto do SSR e a manutenção dos custos de ocupação a 11,3% na comparação anual. Como resultado, as receitas de aluguel cresceram, levando a receita líquida ajustada a R$ 308 milhões. Além disso, o FFO ajustado também trouxe um crescimento expressivo de 52% em relação ao segundo trimestre de 2022, também ajudado pelo aumento acentuado das receitas financeiras.
A corretora também enfatizou a redução da alavancagem financeira (Dívida Líquida/Ebitda ajustado), que saiu de 2,45x no primeiro trimestre para 2,36x, com o custo da dívida reduzindo para 101% do CDI, e o prazo da dívida aumentando para 4,7 anos, contra 4,2 anos no primeiro trimestre. A XP reiterou a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 28/ação.
Guide Investimentos
A Guide Investimentos ressaltou que a companhia reafirma seu guidance, e anunciou um novo programa de recompra de ações de até 2.9% das Units em circulação (R$ 137 milhões na cotação de hoje) em até 18 meses. Do total de ações em aberto, 73,5% já foram rolados ao mesmo custo médio da contratação anterior. No primeiro trimestre a operação apresentou um ganho de R$ 5,5 milhões.
“A Iguatemi reportou um resultado forte, pouco acima de nossas estimativas que se mostravam cautelosas, mas pouco abaixo do consenso de mercado. Diante disso, esperamos uma reação marginalmente positiva nas ações da companhia na sessão de hoje. Mantemos a nossa recomendação de compra e preço-alvo de R$ 27,60/ação”, concluiu a Guide.
Bank of America
O Bank of America (BofA) afirmou que o investidor dever observar a tendência de vendas após a alta registrada em julho, alta de 11% na comparação anual, possivelmente reflexo da sazonalidade do varejo de vestuário relacionada ao clima em 2022, depois de uma “desaceleração” acumulada no ano, e o crescimento dos aluguéis em meio a uma inflação menor do que a prevista. O BofA manteve recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 31/ação.
Emerson Lopes / Agência CMA
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