A Cateno, joint venture de meios de pagamento da Cielo com o Banco do Brasil, terá como novo CEO o economista mineiro Henrique Fernando Lucas.
Em comunicado publicado na noite desta segunda-feira (31), a Cielo confirmou a nomeação de Henrique Lucas para dirigir a companhia de meios de pagamento, que teve receita líquida de quase R$ 1 bilhão no primeiro trimestre deste ano.
Em relatório publicado em 2020, analistas do Credit Suisse afirmavam que a Cateno já era responsável pela maior parte do valor das ações da Cielo.
Natural de Minas Gerais, Henrique Lucas tem experiência na área de meios de pagamentos, tendo sido co-fundador da Granito Adquirência, que foi vendida para o Banco Inter e para o Banco BMG.
Além disso, foi fundador da CDC SCD – fintech ligada a crédito -, bem como sócio e vice-presidente do Banco Semear.
Em cerca de 20 anos no mercado financeiro, o economista mineiro participou de diversas operações de M&A (fusões e aquisições) envolvendo empresas do setor. A mais recente, foi a Titan Capital, vendida para o grupo Wise.
Apesar de notícias apontarem possíveis conexões dele com o partido Avante, ao Monitor do Mercado, Lucas garantiu não possui ligação com o partido, apontando impedimentos, inclusive legais, para isso.
Para a Cateno, o economista aponta sua experiência como linha condutora do que é possível esperar para o futuro da empresa. “Sempre pautei minha gestão na inovação e na eficiência. Para o mercado de pagamentos, a inovação precisa ser uma constante”, disse, ao Monitor do Mercado.
Neste ano, as ações da Cielo (CIEL3) acumulam uma queda de 7,45%, enquanto os papeis do Banco do Brasil (BBAS3) tiveram uma alta de praticamente 45%. A empresa de maquininhas de cartão detém 70% da Cateno, o BB fica com os outros 30%.